sexta-feira, 28 de maio de 2021

Os criminosos das fake news: quem haverá de detê-los?

Já recebi de várias fontes uma mensagem com o selo Encaminhada com frequência.

Isso significa, vocês sabem, que a zapeada atingiu níveis alarmantes - e incontroláveis.

A mensagem é um áudio.

O teor é abjeto, absurdo, irresponsável, inverossímil, inverídico e, por último mas não menos importante, criminoso.

Flagrantemente criminoso.

No áudio, um suposto médico, com a voz empostada, fala absurdos inacreditáveis para tentar convencer as pessoas a não se vacinarem.

Antes de passar o áudio em frente, várias pessoas consultaram o blog para verificar sua autenticidade.

Para fazer essa aferição, é simples: basta escrever no Google o nome do suposto médico, sua especialidade (virologista ou urologista) e o nome do hospital onde trabalharia.

Resultado dessa pesquisa? Zero.

Zero vezes zero multiplicado por milhões de zeros. Que é igual a nada.

Nada aparece.

Mesmo assim, repito, o áudio, que agências de checagem já confirmaram ser uma escandalosa e criminosa fake news, está zanzando por aí, em escala estratosférica, nas redes sociais.

Pergunta-se: como é que criminosos, como os que produziram esse tipo de crime, não são acossados pelos órgãos que têm entre suas atribuições reprimir ilícitos cibernéticos?

Porque uma coisa é você disseminar numa rede social uma fofoca que, mesmo mentirosa, serve mais para virar meme, divertir e ser distribuída nos grupos da família.

Outra coisa é nos depararmos com áudio que está sendo difundido em proporções inimaginavelmente altas e pode, por isso, ter gravíssimos impactos em área tão sensível como a de saúde pública, sobretudo neste momento em que enfrentamos essa pandemia trágica.

É preciso que criminosos desse quilate, que produziram esse áudio, sejam investigados, identificados e punidos.

É preciso que milhares, milhões de pessoas que recebem excrementos como esse tenham um pingo de consciência, maturidade, bom senso e inteligência e chequem - ou peçam para outros fazê-lo - sua veracidade, para que possam decidir se devem mandá-los adiante.

Só assim conseguiríamos reduzir as dimensões tsunâmicas que as fake news atingiram, principalmente as negacionistas, como as que tentam negar a eficácia de vacinas.

Que horror!

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