quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ministro critica Google por se opor a nova regra para web

A presidente Dilma Rousseff e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pretendem incluir no Marco Civil da Internet a obrigatoriedade de armazenamento de dados no Brasil. A ideia ganhou prioridade após a revelação da espionagem dos EUA no Brasil pelo jornal O Globo. Por ser contrário a medida, o Google foi criticado por Bernardo. "O Google irá faturar R$ 2,5 bilhões este ano apenas com publicidade no país. Por que reclamaria?", afirmou.
A Folha de S. Paulo mostra que o Brasil se tornou o quarto maior mercado do mundo para empresas de telecomunicações. Assim, companhias estrangeiras têm bons motivos para investir em centros de armazenamento no país. De acordo com o ministro, o interesse do governo em estimular esse crescimento já foi sinalizado ao Google. "Há cerca de um mês, me encontrei com representantes do Google e eles me perguntaram como a empresa poderia ajudar. Respondi que é só investir mais".
Bernardo afirma que é definitiva a posição do governo de incluir o armazenamento de dados no país no Marco Civil da Internet. Encaminhado ao Congresso em 2011, o texto do relator deputado Alessandro Molon (PT-RJ) deve ser votado na Câmara em agosto. Se aprovado, as regras vão atingir apenas empresas que tenham escritórios no país. O prazo para que elas se adaptem ainda não foi definido, mas o projeto prevê que a obrigatoriedade comece a valer após período de 12 a 24 meses.
paulobernardo2307
Bernardo defende que a exigência dará seguranças aos usuários do país (Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress)

Um comentário:

Anônimo disse...

O fato de armazenar dados no Brasil não impede o acesso, ainda mais por empresa multinacional. Quanta estultice!