terça-feira, 30 de julho de 2013

A pergunta do dia


Se o dr. Gurgel fosse passando por um dos corredores da Procuradoria Geral da República e um estagiário, uma faxineira, um terceirizado qualquer, seja lá quem fosse, puxasse o seu crachá pra saber se ele era ele mesmo, o o dr. Gurgel encararia isso como uma coisa absolutamente normal?

2 comentários:

Anônimo disse...

Que "audácia" das castas inferiores?!!

Anônimo disse...

"Fez escândalo alguns anos atrás , nos jornais, a crise de frenesi que se apossou daquele deputado que, viu sentar-se à mesa defronte, uma jovem senhora acompanhada do marido, a qual, tirando o bolero, ficou vestida com uma daquelas roupas sucintas de verão que se chamam "banho de sol".

Ao ver aqueles ombros desnudos, o deputado moralista, ofendido em seu pudor, perdeu as estribeiras e cobriu de impropérios a senhora depravada(digno de admiração foi o marido, que soube abster-se de cobrir de socos aquele possesso).

Como deputado, nada a dizer. Mas o mal é que era magistrado. Se amanhã os eleitores não o reelegerem e ele voltar a julgar; como poderá confiar na sua serena equanimidade um advogado que seja chamado a defender diante dele um acusado de ultraje ao pudor?

Os juízes devem ser(ou, pelo menos, procurar parecer), não digo homens medíocres, mas homens medianos. mesmo no pudor, quando se é juiz, não convém exagerar."

Piero Calamandrei, sempre atual nas considerações elencadas em "Eles, os Juízes" tinha toda a razão. Como confiar no julgamento de um Presidente do STJ que mostrou toda a sua falta de caráter, de educação, de respeito aos mais elementares princípios do direito ao se equiparar aos Bush(pai e filho) ou a Tony Blair(o vice- Deus) e se arrogar o direito de ser Deus dentro do Tribunal?

O que me desencanta é esse "espírito de corpo" que protege esses péssimos juízes das penas da lei. Julgam-se intangíveis, Deuses, superpoderosos. E o tal do Dr. Gurgel,.....ooopppssss.......Dr. Jô Soares, ainda faz essa piadinha de mau gosto.

Lamentável. Um escárnio. Não é para menos que o nosso lentíssimo Judiciário anda tão desacreditado.

Kenneth Fleming