"Canicídeo" no Arari indigna os petistas

Marcelo Pamplona não tem nem ideia sobre o que o aguarda no PT.

Mas bem que poderia se preocupar.
Há gente no partido - chegando bem perto da cúpula - que está indignada com ele.
Marcelo Pamplona vem a ser prefeito de Santa Cruz do Arari.
Sua Excelência está passando a ser conhecido, a partir de agora, como uma indomável, incontrolável e, por que não, inexcedível exterminador de cachorros. Ou Mata-Cachorros, para os mais íntimos - e não menos irreverentes, é claro.
Ao ser acusado de mandar capturar mais de 300 cães e atirá-los num rio, matando-os todos, Marcelo Pamplona expôs-se a uma investigação já anunciada pelo Ministério Público, que instaurou um inquérito civil.
Não apenas isso, somente.
Pamplona, o suspeito de um canicídeo, digamos, sem precedentes na história do Pará, expôs-se ainda uma reprimenda política de seu próprio partido.
Petistas de alto coturno, aqui por Belém, acham que Pamplona, cujo nome está sendo declinado em sites e programas jornalísticos em todo o país, escancarou os flancos do PT a críticas indefensáveis.
O consolo de Pamplona é que sua suposta participação no canicídeo não será capaz de atrapalhar, por exemplo, as negociações que os petistas travam para compor a chapa que vai disputar o governo do Estado.
Mas sem dúvida que a crueldade, supostamente determinada pelo gestor da cidade marajoara, vai servir de mote para reforçar, entre os antipetistas empedernidos, a convicção de que o PT não dispensa nem cachorros, quando estes não se mostrem afinados com seus projetos políticos e suas pretensões de poder.
Maldade de antipetistas.
Maldade maior, no entanto, é matar cachorros a rodo.
Isso sim é uma crueldade.
Horrorosa, como todas as crueldades.