segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Helena Ranaldi, Paulinho da Viola e o banditismo

Na FOLHA DE S.PAULO:

Ladrões atiram 3 vezes em carro de atriz
Em um veículo blindado, Helena Ranaldi escapou de falsa blitz no Rio; em outro ponto, Paulinho da Viola teve seu carro roubado


A atriz Helena Ranaldi, da TV Globo, e o músico Paulinho da Viola são as mais recentes vítimas da violência no Rio. O sambista sofreu um assalto na Barra da Tijuca, zona oeste, e prestava queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca), quando chegou Helena Ranaldi, que acabara de escapar de uma blitz de ladrões na Linha Amarela, na altura da Cidade de Deus, também zona oeste, e teve o carro atingido por três tiros.
A atriz contou à Folha que estava chegando ao fim da Linha Amarela e iria entrar na avenida Ayrton Senna para voltar para casa, na Lagoa (zona sul), por volta das 17h30, quando viu um grupo de "quatro ou cinco" homens armados fechando a pista, ordenando aos motoristas que parassem.
Helena Ranaldi disse que seu primeiro impulso foi o de parar, mas que decidiu acelerar e furar o cerco depois que o seu namorado, o cantor, compositor e trompetista Max Sette, disse que a blindagem do carro, um Pajero, agüentaria os tiros.
Assim que acelerou, o carro da atriz foi atingido por três tiros disparados na direção do banco do carona, onde estava Max. A blindagem do veículo evitou que as balas o atingissem. "Blindei o carro logo que o comprei, há uns seis anos", disse a atriz paulistana de 41 anos, que mora no Rio desde 1991.
"Fiz isso porque tenho a consciência de que vivo em uma cidade muito violenta, apesar de maravilhosa. Se não fosse isso, poderia não estar falando com você agora. Antes, eu passava por lugares, como o túnel Rebouças [ligação entre as zonas norte e sul da cidade], onde, no dia seguinte, lia no jornal que havia acontecido um tiroteio ou um arrastão", disse.
Paulinho da Viola teve o carro, um Honda Civic, roubado meia hora após a tentativa de arrastão do qual a atriz escapou. Ele subia a estrada da Barra da Tijuca em direção ao bairro vizinho do Itanhangá quando foi cercado por ao menos quatro assaltantes, que saltaram armados de um carro. "Eles pararam a uns cinqüenta metros e já saíram mostrando as armas. Parei porque, do contrário, sabia que poderiam atirar. Eram muito jovens, mas não saberia dizer se são menores de idade. Eles disseram para sairmos rápido. A ação toda não deve ter durado nem meio minuto", contou o músico, cujo carro não é blindado.
Segundo Paulinho, além do carro, os ladrões levaram um cordão e a bolsa de sua mulher e empresária, Lila Rabello, com documentos. Ele contou que, na delegacia da Barra, havia "muitas pessoas" reclamando de roubos de carros.


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