Calmo, calmíssimo, Bolsonaro produz uma crise
por dia.
Quando se excita mais um pouco, cria umas três
ou quatro – todas ao mesmo tempo.
Como agora.
Na semana passada, o Capitão compartilhou um
vídeo em apoio a manifestações de domingo, dia 15, contra o Supremo e o
Congresso. Quando a tempestade avolumou-se sobre o Planalto, ele fez de conta
que não com ele. Mas era.
Agora, Bolsonaro diz claramente, com todas as
letras, com todos os efes e erres, que apoia, sim, os protestos de domingo. O
Congresso está furioso.
Na semana passada, Bolsonaro fez um acordo (que
o governo chama de entendimento) para
tirar das mãos do relator do Orçamento uma bolada de quase R$ 20 bilhões, que
ele, o relator, ficaria o responsável de administrar, inclusive indicando a
prioridades na execução de obras. Para pacificar
as coisas, o governo enviou ao Congresso três projetos de lei, um deles
prevendo a divisão dos R$ 20 bi entre o Executivo e o Legislativo.
Agora, acreditem, Bolsonaro é contra. É
contra os projetos que ele mesmo mandou ao Legislativo. E está,
acreditem mais uma vez, trabalhando
para que sejam derrubados. Por que não os retira? Por que não os pede de volta?
Ninguém sabe. Nem Bolsonaro sabe o porquê.
Além do fuzuê causado por essas duas crises – a do
apoio explícito às manifestações de domingo e a das críticas ao projeto que o
próprio governo mandou ao Congresso -, Bolsonaro criou mais uma: refém de suas
paranoias, disse que houve fraudes no pleito em que ele foi eleito presidente.
E prometeu apresentar provas da fraude. Deve apresentá-las, acredita-se, junto
com as provas (fornecidas por Olavo de Carvalho) de que a Terra é plana.
Ah, sim.
Para fechar esta pequena série, Bolsonaro exibiu
mais uma demonstração de inteligência, serenidade, responsabilidade e racionalidade:
disse que o coronavírus é café pequeno, que “não é isso tudo que a mídia
propaga”.
Vocês querem crise?
Chamem Bolsonaro.
Se
ele estiver excitado, serão três ou quatro. De uma vez só.
2 comentários:
Dói mas passa, acabou a mamata! Jair Messias Bolsonaro o Presidente do nosso Brasil verde e amarelo.
E, enquanto isso, vai afundando o País, de caso pensado, a serviço dos EUA.
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