Helder Barbalho: e quando quisermos fazer um panegírico pra ele, a Secom vai nos responder com diligência? |
Confinada e isolada, não dá retorno às demandas que lhe chegam.
Não dá retorno nem mesmo para mandar jornalistas para os raios que os partam.
Há uma semana, encaminhei duas perguntas sobre questões envolvendo o coronavírus relacionadas à situação do sistema prisional do estado. São cerca de 20 mil presidiários, a 14ª maior população carcerária, segundo os últimos dados, de 2019.
Mandei as perguntas para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (ex-Susipe), que diligentemente as redirecionou para a Secom, onde se concentram todas as demandas de jornalistas relativas ao coronavírus.
Até agora, já se passaram oito dias e nada.
Como sou jornalista e blogueiro, e como sei que blogueiros são uma espécie de raça maldita, sabia que nada me responderiam do governo do estado, a não ser que o objetivo pretendido da postagem fosse fazer um panegírico exaltando Helder Barbalho, por sua atuação neste momento.
Nestes casos, para não ficarmos nós, jornalistas, na eterna expectativa sobre se vão nos responder ou não, seria bom que a Secom dissesse logo, tipo assim: O governo do estado não vai comentar; ou então: Suma daqui; ou então: Nos deixe em paz; ou então: Vai pra China - de preferência, para Wuhan.
Apenas isso.
E o assunto estaria resolvido.
Fica a dica pra Secom.
ATUALIZAÇÃO ÀS 14H:
O Espaço Aberto recebeu há pouco uma ligação da Diretoria de Jornalismo da Secom.
Foi apresentado um pedido de desculpas pela demora.
Pedidos aceitos.
Foi esclarecido ao blog que deve ter ocorrido propriamente não uma omissão em atender às demandas apresentadas, mas um ruído de comunicação, do que resultou na ausência de resposta, decorridos oito dias da remessa das perguntas à Seap, que as redirecionou à Secom.
A Diretoria de Jornalismo esclareceu ainda que a Secom está com uma enorme demanda em decorrência da crise de pandemia e que toda a sua equipe tem se empenhado de forma redobrada para atender aos jornalistas.
O blog não duvida disso.
O Espaço Aberto entende perfeitamente todos os esclarecimentos apresentados. E acrescenta que as críticas feitas nas postagens não se dirigem a colegas profissionais que estão se empenhando da melhor forma possível para desincumbir-se de suas obrigações.
O repórter externou sua opinião de que pode estar ocorrendo um excesso de centralização de demandas apenas na Secom, especificamente em questões específicas relativas ao coronavírus.
Uma descentralização - mesmo que fosse uma descentralizaçãozinha - talvez concorresse para melhorar a eficiência no atendimento das demandas pela Secom, que poderia, por exemplo, compartilhá-las com outras secretarias, sobretudo a Sespa e secretaria afins.
Mas essa, repita-se, é apenas uma opinião do repórter.
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