quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Monique precisa dar bons exemplos às mulheres

Monique: ela diz que não foi estuprada durante um momento de inconsciência. Não?
Tantos, com tanta intensidade, usaram meio-mundo virtual para expressar suas estupefações, suas repulsas e repugnâncias diante da presumida violência sexual de que foi vítima Monique, uma das participantes do BBB 12. Evidências fortes, bastantes, fartas indicavam que a moça havia sido estuprada.
O caso foi parar na polícia.
Para surpresa geral, ela, a suposta vítima que recebeu a solidariedade de meio-mundo - virtual e, quem sabe, não virtual -, disse três coisas.
Primeiro: que não houve a consumação do ato sexual.
Segundo: que houve apenas trocas de carícias. Uma pegação, como se diz.
Terceiro: que a troca de carícias, a pegação ou seja lá o que for, foram consensuais.
Pronto.
Então, não houve estupro.
Não?
Não mesmo?
A polícia, diz-se, recolheu material - roupas de cama, inclusive - para mandar fazer uma perícia e constatar se há ou não vestígios de que houve relação sexual.
Mas será difícil, com roupa de cama, provar que realmente houve. Ou que não houve.
E Monique, submeteu-se a um exame para comprovar se, de fato, foi abusada sexualmente durante um lapso de inconsciência?
Monique deveria fazer isso não apenas por ela, mas pelas mulheres.
Deveria ela mesma submeter-se a um exame para difundir a cultura de que não deve haver contemplação com estupros e violências de qualquer forma.
Deveria ela mesma se empenhar para não deixar a menor dúvida de que, afinal, não foi estuprada.
Se não foi, ótimo.
Se foi, o crime cometido tem que ser tratado como crime cometido.
Está certo que um reality show, em regra, não tem o menor propósito educativo.
Mas a sociedade pode, em certas situações, forçar para que tenha.
Os telespectadores, em sua grande maioria, mostraram sua repulsa a uma situação impressionante: a suposta violência sexual cometida contra uma mulher.
A emissora, por isso, expulsou da casa o suspeito, Daniel.
Feito isso, o caso foi parar na polícia.
E aí?
E aí que Monique disse ter certeza de que não foi estuprada.
Quem acredita nela?
E que haverá de duvidar que ela apenas atende a conveniências para dizer que não foi abusada sexualmente durante um momento de inércia provocada por execesso de bebida?
Monique precisa dar bons exemplos.
Sobretudo aos que sempre estão expostos à violência.
E precisam reagir para que a violência seja punida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Era o que faltava alguém pretender ter bons exemplos partindo dessa moça. Me economizem.

Anônimo disse...

Essa cara dela não me engana...