E diz que Simão Jatene virou governador apenas do Pará do "não"
Matéria divulgada no final da tarde de ontem, no site Sim Carajás, que apoia criação do Estado de Carajás, faz um ataque violento ao juiz juiz Marco Antônio Lobo Castelo Branco. Chega a chamá-lo de "controverso" e diz que ele "veste a sua pele de cordeiro para pelejar a favor das razões de Jatene".
Foi o magistrado, na condição de Auxiliar da Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral, que concedeu ao governador tucano Simão Jatene o direito de usar 27 minutos das frentes em defesa do Carajás e do Tapajós, para se defender de críticas que recebeu, quando passou a se posicionar contrariamente à criação dos dois novos Estados.
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A Frente Pró-Carajás afirma que Castelo Branco, ao receber o pedido de direito de resposta, decidiu inicialmente manifestar-se apenas no julgamento de mérito, "para logo em seguida, sem nenhuma explicação plausível e dócil aos esbirros de Jatene, mudar repentinamente de ideia, com uma argumentação no mínimo graciosa, aliás muito similar às ciclotímicas decisões dele quando titular da 2ª Vara da Fazenda Pública em Belém, com relação às empresas de transporte público da capital, sempre favoráveis ao poder econômico e contrárias à população".
A Frente Pró-Carajás rebate o argumento de Castelo Branco, de que "a crítica [das frentes pró-divisão] não se ateve a valoração dos fatos, mas à criação de fatos que não guardam congruência com a realidade."
Para a Frente Pró-Carajás, "o argumento do juiz na verdade contorce os fatos, pois a peça publicitária veiculada mostra o incontestável: Jatene é ligado por partido (PSDB) e por laços de camaradagem política a FHC e Kandir, autores da famigerada Lei Kandir, contra a qual nunca se insurgiu, nem quando era o poderoso secretário de Planejamento do governo do estado à época da criação da lei. O efeito dessa causa é a espoliação dos recursos minerários do Estado, o lucro das mineradoras e o prejuízo aos paraenses. Onde está a mentira, se Jatene lavou as mãos como Pilatos na questão da Lei Kandir? Trata-se, portanto, do que o próprio juiz classificou como críticas à omissão política do hoje governador e que não ensejam direito de resposta."
A matéria da Frente Pró-Carajás também não alivia a mão em relação a Jatene, acusando- de agir em relação ao plebiscito do próximo domingo "como uma espécie de pit-bull do 'não', já tendo protocolado cinco ações com pedido de direito de resposta e de suspensão dos programas das frentes que defendem a autonomia de Carajás e Tapajós, transformando-se portanto, cada vez mais, no governador de apenas uma fração do Pará, a do 'não'".
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