sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Quem quer dividir o Pará são paraenses"

De um Anônimo, sobre a postagem "Cuidado com os aventureiros e forasteiros":

A turma do "Não" só aprendeu dizer uma coisa, aliás, duas: não e não. O que não dá pra entender é forma obscura como falam na campanha: querem dividir o Pará, assim parece que quem quer dividir o Pará são alienígenas ou até um grupo de estrangeiros. Quem quer dividir o Pará são paraenses, paraenses de verdade, por uma razão simples: não aguentam mais serem tratados de forma tão desigual, com tanta iniquidade que culminou com o sentimento de divisão.
Cá entre nós, honestamente, não é possível administrar esse Estado com esse tamanho todo. Portanto, dividir é uma forma de melhor administrar. Ademais, tudo é Brasil, ninguém é dono de nada, somos posseiros de nosso Estado, tudo passa. Essa história de deixar só a cuia é coisa de paraense que só vai até Ananindeua (município colado à Capital), não conhecer sua própria cidade. Exemplo: os moradores do bairro da Terra Firme que são excluídos dos direitos básicos em plena região metropolitana. Além disso, nós, do oeste, nem a cuia temos.
Tenho certeza de que 98% dos paraenses não conhecem 0, 0001% do Estado do Pará. Não conhecem ou sequer viveram por alguns segundos o drama de quem mora nessa região. Digo isso por ter andado em quase todos os municípios do Estado e 100% dos municípios do oeste do Pará. Se as pessoas soubessem, de verdade, o sofrimento e a falta de infraestrutura e desenvolvimento, tenho certeza que não hesitariam em votar no 77.
Pense nisso, conheça um pouco do Pará, conheça a realidade dos municípios que ficam distantes do centro administrativo, do centro do poder de decisões. Estamos a 900 km de Novo Progresso, viaje (de carro) de Santarém a Novo Progresso e comente nas redes sociais (é rally, se já fez tudo, não precisa comentar), depois vá de barco de Santarém ao município de Faro (são quase dois dias) e veja o que tem lá: é a data de aniversário do Pará.
A sensação é de abandono, de que o tempo parou. Mas o que parou mesmo, de verdade, foram os investimentos. Pense nisso antes de votar.

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