quarta-feira, 16 de março de 2011
Professores da UFPA não prospectaram fundação
O professor Manoel Diniz Peres, diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará (UFPA), disse ao Espaço Aberto que nem foi preciso prospectar e fazer exames mais acurados na fundação do Real Class, tão clamorosas eram as evidências, extraídas de análises feitas por especialistas, de que erros de cálculos cometidos pelo engenheiro Raimundo Lobato da Silva é que causaram o desmoronamento do edifício Real Class, em 29 de janeiro deste ano, matando três pessoas.
Doutor em Materiais, Peres foi um dos sete integrantes da equipe de professores da UFPA que, contratados por entidades como Crea, Sinduscon, Ademi e Clube de Engenharia, divulgaram um laudo atestando que o prédio ruiu por erros de cálculo estrutural.
Ele disse que os professores não sabem a quê atribuir o fato de o calculista ter errado – ou se enganado – em desprezar o fator vento, elemento essencial na edificação de estruturas do porte do Real Class, um espigão de 34 andares e quase 9 mil toneladas.
Nesta entrevista, Peres também rebate críticas sobre supostos conflitos éticos no fato de que os sete professores, funcionários públicos federais, contratados para a prestação de serviços particulares, terem usado equipamentos e instalações da própria UFPA para produzirem o laudo. Cliquem aí em cima para assistir à entrevista.
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Um comentário:
Cobraram pelo laudo e usaram uma estrutura pública?
É isso mesmo?
Tomara que o Ministério Público Federal leia essa entrevista.
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