sexta-feira, 18 de junho de 2010

Alianças regionais e as eleições 2010

No Blog da Professora Edilza Fontes, sob o título acima:

A greve de fome dos petistas do Maranhão abre um bom debate sobre regionalismos e nacionalismo. É verdade que o Estado Brasileiro começou sob a égide de interesses regionais, e o melhor exemplo disto, são as capitanias hereditárias. O desafio das eleições, desde o inicio, foi saber conciliar interesses regionais e nacionais.
No caso do Maranhão, o que está em jogo é o governo do Estado, torna-se cada vez mais difícil o clã dos Sarney ganhar as eleições estaduais. Alias, já perderam as últimas de 2006, e tiraram depois no tapetão.
O que chama atenção. É que o mesmo problema assola o PMDB - “Temer ameaça intervir no PMDB de Santa Catarina”- cujas lideranças regionais custarão muito para acordarem o apoio a coligação com o PT, e a indicação de Temer na vice de Dilma. Até hoje, vemos resistências.
A unidade partidária, na tradição histórica do Brasil, sempre foi algo problemática e, por isto o PT marcou a diferença, tendo sempre posturas unificadas em vários momentos da história política do PT. Foi assim quando não fomos ao colégio eleitoral, e perdemos deputados federais por este gesto de ousadia. Foi assim quando definimos arcos de alianças nacionais, em todas as eleições, sejam elas municipais ou nacionais.
Neste momento, acho que a intervenção no Maranhão coloca em risco a existência do PT no Estado, e joga fora sua trajetória de oposição ao clã Sarney. É um momento de perigo, e que o PT terá que flexibilizar, e o PMDB, leia-se Jose Sarney; O PMDB terá que refletir que o PT já fez gestos de alianças concretos, como os feitos em Minas.
Há limites de negociação, e hoje o caso do Maranhão exemplifica a luta política que expõem as divergências regionais, lembrando que uma revolução, a de trinta, foi feita em nome de acabar com alianças regionais, a do café com leite.
Torço por uma saída negociada e não concordo com a intervenção. Quando ela coloca em risco a existência do próprio partido no estado do Maranhão, e neste momento é um elemento que não aglutina para a candidatura de Dilma. É plenamente possível dois palanques no Maranhão.
Este tipo de contradição, ainda irá acontecer por um bom tempo na política brasileira, até os partidos se construírem como partidos nacionais e, as divergências estaduais sejam cada vez mais claras, e relacionadas a projetos de desenvolvimento nacionais.
Espera-se, que a nova legislação sobre fidelidade partidária, permita que trajetórias partidárias, como as da família Sarney, sejam cada vez menores na política brasileira.

3 comentários:

Anônimo disse...

Pelo jeito, acho que a Prof. Edilza ainda não percebeu uma coisa: o PT que ela ajudou a construir não existe mais. O que existe agora é mais um partido como qualquer outro, sendo capaz de vender a alma, dele e dos outros, pra conseguir apoio eleitoral de grandes criminosos.

Anônimo disse...

Estou de acordo com o Anônimo das 13;17: a Profa. Edilza fala em contradições do PT, mas o que existe vai além disso, chega mesmo às raias da esquizofrenia, pois dar as mãos ao "clã Sarney" e pensar que, ao armar dois palanques diferentes para cada um dos aliados, vão salvar as aparências é, para dizer o mínimo, uma atitude de evidente autoengano.

Anônimo disse...

Ei, profa. Edilza
- dar as mãos e o resto a famiglia Sarney;
- beijar a mão de Jader;
- apoiar Renan

não são apenas contradições.
É falta de vergonha e chafurdar na mesma vala dos demais partidinhos.
Tudo igual, professora, na lamentável vala comum.
E só.