quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Um laudo é uma coisa, outro laudo é outra coisa

Sinceramente, deve ser palpitante o depoimento que o ex-diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Miguel Wanzeller Rodrigues, ainda deve estar prestando no Ministério Público do Estado.
Leia a matéria acima.
Está no Diário do Pará de hoje, página A3.
Observem atentamente na marcação em vermelho.
O ex-diretor, segundo a matéria, diz ter em mãos “mais de 40 laudos que mostrariam a culpabilidade de policiais civis e militares em casos graves de execução sumária e de tortura, cujos processos não teriam tido andamento”.
Então, a promotora poderia esclarecer bem isso.
O que é mesmo que Sua Senhora o dr. Wanzeller tem em mãos?
São provas de laudos periciais que foram adulterados, como ele disse logo ao ser exonerados pela governadora Ana Júlia Carepa?
Ou são laudos sobre execuções e torturas que “não teriam tido andamento”?
São as duas coisas?
Isso é relevante esclarecer porque, como vocês sabem, que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Não é nem preciso perícia, não é nem preciso ser perito para saber dito, não é?
Uma coisa são laudos adulterados, fraudados, manipulados, como disser o dr. Wanzeller.
Outra coisa são laudos cujos processos não teriam tido andamento.
Mas os laudos referentes a casos que não teriam tido andamento foram fraudados ou não?
Se foram fraudados, isso é – ou era – um problema do dr. Wanzeller.
Se não foram fraudados, não é mais um problema dele, porque omissões ocorreram foram de sua órbita, fora de sua alçada.
São questões que a promotora Elaine Castelo Branco, certamente, vai desvendar.
Mas é preciso que o homem bomba Miguel Wanzeller Rodrigues ajude com informações que, acredita-se, ele deve possuir.
Do contrário, doutor Wanzeller corre o risco de passar por Ofélia.

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