sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tradição não ajudará Belém na escolha da Fifa, diz Teixeira

No AMAZÔNIA:

A visita da Fifa a Belém deixou claro que, a despeito das campanhas feitas pelos governos, a avaliação das 17 candidatas leva em consideração apenas os aspectos técnicos de cada cidade. Os técnicos da Fifa chegaram às 15h30 no Aeroporto Internacional de Val de Cans e, segundo fonte, ficaram isolados em uma sala até o embarque no helicóptero em que sobrevoaram a capital paraense. Acompanhado pelo arquiteto Alcyr Meira, autor do projeto do Mangueirão, o grupo desembarcou no Mangueirão para a última avaliação antes do anúncio oficial das 12 subsedes, marcado para o dia 20 de março.
Para o Hangar, onde houve uma apresentação do grupo Balé Folclórico da Amazônia e um coquetel com a presença de Joelma e Chimbinha, da banda Calypso, e da cantora Fafá de Belém, foram apenas a governadora Ana Júlia, o prefeito Duciomar Costa, o governador do Amapá, Waldez Góes, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, além de integrantes do GT Copa. Os técnicos da Fifa não participaram nem viram nenhuma 'festa' como a população de Manaus fez. Só tiveram mesmo a oportunidade de conhecer os escudos de Remo e Paysandu, pintados no gramado do Mangueirão.
Contudo, o próprio Ricardo Teixeira, presidente da CBF, fez questão de ressaltar que a tradição no futebol não faz parte da lista de pré-requisitos da Fifa para escolher as subsedes. 'Minas Gerais tem Cruzeiro e Atlético, São Paulo tem tradição, Rio de Janeiro tem tradição. E nenhuma delas está confirmada. O Brasil sim, foi escolhido para sediar a Copa do Mundo exatamente pela paixão', explicou Teixeira, que listou outros pré-requisitos, como as condições do estádio, de transporte, dos hospitais, entre outros.
Para o vereador e ex-jogador Vandick Lima, os requisitos da Fifa para escolher as subsedes não são meramente técnicos. 'Todas as cidades vão apresentar e se comprometer com projeto. A Fifa não gostou do projeto do Morumbi, mas será que São Paulo não vai sediar a Copa do Mundo? A paixão do povo pelo futebol faz diferença sim. Afinal, quem viu um jogo de Copa do Mundo que não fique lotado?', questionou o vereador.

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