Mino Carta (na foto) está mesmo desencantado como governo Lula, que ele e sua revista CartaCapital apoiaram desde o primeiro momento.
Confessa-o no post, longuíssimo, em que se despede da blogosfera.
É uma confissão dolorosa, ao que se presume.
Mas pesada.
Pesada e objetiva.
Mino diz coisas assim.
O balanço de seis anos de Lula no poder não é animador, no meu entendimento. A política econômica privilegiou os mais ricos e deu aos mais pobres uma esmola. Há quem diga: já é alguma coisa. Respondo: é pouco, é uma migalha a cair da mesa de um banquete farto além da conta. O desequilíbrio é monstruoso. Na política ambiental abriu a porta aos transgênicos, cuidou mal da Amazônia, dispensou Marina Silva, admirável figura, para entregar o posto a um senhorzinho tão esvoaçante quanto seus coletes.
Ou coisas assim:
Creio que a revista ainda precise de minha longa experiência profissional, completa 60 anos no fim de 2009. Eu confiei muito em Lula, por quem alimento amizade e afeto. Entendo que o Brasil perde com ele uma oportunidade única e insisto em um ponto já levantado neste espaço: o próximo presidente da República não será um ex-metalúrgico com quem o povo identifica-se automaticamente. Conforme demonstra aliás o índice de aprovação do presidente, cada vez mais dilatado.
Para ler na íntegra a postagem, clique aqui.
2 comentários:
Mino também deveria estar desencantado consigo próprio, com a maneira como vendeu a alma. Um triste ocaso para aquele que foi um dos mais importantes jornalistas da história do Brasil e, durante tanto tempo, referência ética e técnica para todos nós.
Marcelo Vieira
Pois é, Marcelo.
É uma mea-culpa e tanto.
Abs.
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