No AMAZÔNIA:
As vitórias continuam chegando para o Remo, mas o futebol apresentado pelo time azulino permanece decepcionando os seus torcedores. Apesar do Leão ter vencido o Ananindeua por 2 a 1, de virada, ontem, no Baenão, e ter garantido sua classificação para a fase semifinal do primeiro turno, a torcida remista chegou a ficar apreensiva com o fraco desempenho, principalmente, da defesa e do meio-campo da equipe no primeiro tempo de jogo. Além disso, o Leão Azul só garantiu os três pontos graças a um erro da arbitragem, que não viu a bola bater no braço esquerdo de Jaime no segundo gol remista.
Com o resultado, o Remo chegou aos 11 pontos ganhos e, assim como o líder Paysandu, não pode mais sair do G-4. No domingo, o time de Flávio Campos viaja até Castanhal no domingo, quando encara o representante local, pela última rodada da primeira fase. Já o Ananindeua enfrenta o São Raimundo.
Empolgados pelos gritos da torcida remista - e pelo doping financeiro prometido pela diretoria, que decidiu destinar 10% da renda para os atletas -, o Remo iniciou o jogo indo com tudo para cima do Ananindeua. Com quatro minutos, Helinho passou para Marcelo Maciel, que chutou para defesa de Dida. Mas os erros de passes e a falta de articulação no meio-campo prejudicavam a sequência das jogadas azulinas.
O Ananindeua tentava segurar a pressão dos donos da casa e explorar os erros do adversário para para o contra-ataque. Aos oito, Jóbson lançou Joãozinho na esquerda, mas o atacante sofreu falta de Bruno Sá. Na cobrança, o meia Soares acertou uma bomba no ângulo esquerdo de Adriano. 1 a 0.
O gol deixou o Leão um pouco intranquilo, mas foi a zaga da Tartaruga que quase fez contra, desviando cobrança de escanteio de Levy no travessão, aos 13. Dois minutos depois, Helinho perdeu a oportunidade de empatar, quando recebeu na entrada da área e chutou fraco para a defesa de Dida. Não era apenas Helinho Lima que dava bobeira. Aos 17, Beto errou um passe e armou o ataque adversário. Coube a Adriano evitar o gol em chute de Paulinho 47.
Após o intervalo, o Remo voltou com outra postura defensiva. O volante San foi recuado para a zaga e passou a atuar ao lado de Rogério Corrêa, enquanto que o inseguro Bruno Sá ficou na sobra. Mas foi a entrada de Heliton no lugar de Helinho que deu outra dinâmica ao ataque azulino. Aos poucos, o time azulino foi colocando a bola no chão e chegando mais perto do empate. Ele saiu aos seis. Ramon abriu para Levy, na direita. O lateral cruzou na área e Jaime, de peixinho, deixou tudo igual.
Como o empate não interessava a nenhuma das equipes, o jogo ficou aberto com as duas equipes jogando em velocidade, alternando-se nos contra-ataques. Aos 23, o Remo perdeu uma chance incrível. Marcelo Maciel foi lançado, passou pela zaga adversária, driblou o goleiro Dida, mas terminou chutando para fora com o gol aberto à sua frente.
Cinco minutos depois, o lance mais polêmico do jogo. Levy cobrou escanteio da direita. A bola passou por toda área e chegou a Jaime, que novamente de peixinho, desviou a bola para o gol. Só que dessa vez a bola desviou no seu braço esquerdo. Houve muita reclamação, mas o árbitro Benedito Pinto da Silva validou o gol assim mesmo.
Antes do apito final, o árbitro ainda expulsou Soares, do Ananindeua, e Neto, do Remo, ambos por jogo violento. Após o jogo, os jogadores da Tartaruga partiram novamente para cima do juiz e Ricardo Capanema acabou expulso.
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