sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Faz de conta que tudo é só um faz-de-conta. Podem crer.

O que vocês veem aí em cima (cliquem para ver melhor) é parte de matéria que está publicada em quatro colunas, na página A3 do "Diário do Pará" de ontem.
Para que vocês captem o clima a que se refere o "clima" mencionado já no título, lembrem-se do encontro de três horas, na segunda-feira-feira, entre a governadora Ana Júlia, o deputado federal Jader Barbalho (PMDB) e outros circunstantes.
Nota divulgada na quarta-feira, no Repórter Diário, o jornal de Jader, descreve o encontro como tendo transcorrido "num clima de muita cordialidade".
Na terça-feira, dia seguinte ao do encontro cordial, PSDB e PMDB se uniram na Assembléia e passaram a perna no PT, alijando-o das presidências das duas comissões técnicas mais importantes da Casa, a de Justiça e a de Fiscalização Orçamentária e Financeira.
O traço, o drible, a pedalada a la Robinho deixou o PT tiririca.
Seu líder, o deputado Airton Faleiro, disse o seguinte a O LIBERAL: "Vamos evitar precipitações, mas é claro que esta posição do PMDB abre uma nova crise na relação com PT."
No PT, diz-se intramuros - ou quase extramuros -, que o troco ao PMDB virá na hora certa.
Pois é.
Até que veio ontem, quinta-feira, um dia para, digamos, tentar consertar as coisas, para dizer que, apesar das pedaladas, dos dribles, do passa-perna, tudo continua às mil maravilhas entre PMDB e PT na Assembléia.
Às mil maravilhas, mas nem tanto.
A matéria menciona declaração líder do PMDB, Parsifal Pontes: "Quando cedemos ao PT no 1º período, não ficamos com crise existencial."
Quase que Sua Excelência diz assim: "Quando cedemos ao PT no 1º período, não ficamos com crise existencial, não é, Faleiro?"
Se não disse, é porque se tenta corrigir as coisas.
Faz de conta que não há crise.
Faz de conta que o day after ao encontro marcado pelo clima de muita cordialidade não existiu.
Faz de conta que essas coisas, ora, são naturais no Legislativo.
Faz de conta que todos vamos acreditar nisso tudo.
Faz de conta que tudo não passa de um faz-de-conta.

Nenhum comentário: