No AMAZÔNIA:
São Pedro colaborou com as escolas de samba do primeiro grupo que passaram pela Aldeia Amazônica Davi Miguel. Depois de muita chuva durante o dia, a noite de sábado para domingo foi marcada por um clima agradável e muita animação dos foliões. A festa de carnaval dos belenenses começou com a apresentação da rainha da bateria, rainha gay e rei momo de 2009 e, um pouco depois das 21 horas, a primeira escola de samba entrou na avenida.
A agremiação 'Acadêmicos da Pedreira' foi a primeira a se apresentar. Com o samba enredo em homenagem aos 80 anos da imigração japonesa na Amazônia, eles enfeitaram a avenida com as cores laranja, amarelo e vermelho. A comissão de frente da escola foi um show à parte e revelou para o público um pouco da história dos deuses da mitologia japonesa. O carro abre-alas representava o templo dourado dos orientais, conhecido como Kinkakuji, e levava ainda as gueixas e os samurais.
O famoso teatro Kabuki também não ficou de fora da apresentação da escola de samba, na segunda ala do desfile. Logo depois, as baianas mostraram o encanto das flores e o primeiro casal de mestre sala e porta bandeira apareceu na passarela do samba como exemplo da união entre Amazônia e Japão. Ela de verde - com plantas e flores no vestido - e ele de vermelho e dourado.
O segundo carro da 'Acadêmicos da Pedreira', que mostrava a globalização do império tecnológico, teve como destaque um dos casais mais badalados da capital paraense: Élida Braz e Kaveira. Em seguida, a bateria da escola, com músicos vestidos de samurai, empolgou a plateia da Aldeia Amazônica Davi Miguel. Crianças também ajudaram a manter o ritmo do desfile e mostraram que entendem de samba.
A segunda escola a desfilar foi a 'Piratas da Batucada', do bairro do Reduto. Em homenagem ao suíço Emílio Goeldi, que dá nome ao museu da capital paraense, a agremiação relembrou a importante história deste cientista que contribuiu para a realização de pesquisas no Estado. No carro abre-alas, a escola de samba mostrou a relação de Emílio Goeldi com o Brasil em um barco pirata, que contava com a presença de mulatas do carnaval do Rio de Janeiro – onde ele também morou -, índios e homens com trajes suíços.
O lendário pássaro amazônico, o uirapuru, também apareceu no desfile como fantasia do porta estandarte da 'Piratas da Batucada'. A arte em cerâmica, típica do Estado, também não deixou de ser lembrada pela agremiação.
Além das homenagens ao cientista, um dos carros da escola de samba do Reduto mostrou a biodiversidade do Pará. Com tartaruga, borboletas e aranhas, a 'Piratas da Batucada' ainda apresentou um ala com os mosquitos e abelhas típicos do norte do país.
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