sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Crueldade contra égua revolta veterinários da Ufra

No AMAZÔNIA:

O uso de animais para o transporte de cargas em Belém continua rendendo cenas revoltantes. Cavalos feridos e doentes podem ser vistos diariamente pelas ruas da cidade puxando carroças e sendo maltratados pelos donos. Na semana passada, uma égua com graves ferimentos feitos a terçado e com fratura num dos fêmures, teve que ser sacrificada na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O animal foi localizado caminhando às proximidades da travessa Padre Eutíquio com Quintino Bocaiúva, no bairro do Jurunas.
Após denúncias de populares, a égua foi recolhida por técnicos da Divisão Especializada em Meio Ambiente (DEMA) e encaminhada à clínica veterinária da Ufra. No local, ela recebeu o atendimento necessário, mas, ao ser avaliada pelos veterinários ficou constatado que a égua apresentava feridas cortantes no pescoço, membro posterior direito, vulva, vagina e ânus, ocasionada pelo uso de terçado. O episódio revoltou os veterinários da Ufra, que lamentaram o não cumprimento da lei municipal que pune casos de abuso e violência contra animais. 'Há mais de 20 anos na luta pela defesa e bem estar dos animais, estou indignado pelo ato de crueldade, barbárie e selvageria que um ser, que se diz humano, praticou contra este animal', declarou o veterinário Heriberto Figueiredo, coordenador do Projeto Carroceiro, da Ufra. 'Até quando vamos ter que acompanhar situações como esta? Quando a lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no seu artigo 32 vai ser respeitada? Quando o Direito Universal dos Animais será colocado em prática perante aos governantes?', indagou o médico veterinário.
Segundo ele, o animal apresentava uma fratura no osso da bacia (púbis), provavelmente devido a uma queda por excesso de peso, fratura esta que perfurou o reto e vagina do animal, com presença de larvas de moscas. 'Infelizmente ela teve que ser sacrificada, pois um dos ossos perfurou a vagina do animal. Esse equídeo, fêmea com aproximadamente 6 anos de idade, chegou até nós com feridos profundos que comprovavam a selvageria que foi vítima', lamentou o veterinário, que destacou o trabalho desenvolvido pelo Projeto Carroceiro, no combate a violência contra animais. 'Desenvolvemos ações junto aos donos de carroças, que são orientados sobre os cuidados necessários para conduzir o animal. A meta do projeto é de desenvolver um sistema de manejo de tração animal, totalmente adaptado a uma sociedade justa e humana', afirmou.

3 comentários:

Anônimo disse...

Caraca! esse relato é de arrepiar!
O proprietário-torturador não deveria ser localizado e sofrer uma penalidade dura?!
Ei, psiu, dona Justiça, acorde!
Pra isso não precisa CPI, vamulá!

Poster disse...

Realmente, Anônimo.
Uma coisa chocante.
Coisa que nem animal faria.
Abs.

Anônimo disse...

Quanta crueldade. Fico indignada em saber de relatos referente a maus tratos contra animais. Mais revoltante é saber que as autoridades não fazem valer a legislação que ampara os direitos dos bichinhos. Até quando vamos viver negligenciando os direitos dos demais seres vivos?