No AMAZÔNIA:
O Fórum Social Mundial deu um novo fôlego para a Regional Norte II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Como houve bem mais acertos do que erros, o evento foi um estímulo para os católicos reforçarem seu compromisso com obras sociais. Esta foi a conclusão da organização da CNBB sobre o evento, em reunião realizada na tarde de ontem, na sede da conferência.
Antes do fórum, havia o medo de que a Tenda Irmã Dorothy, montada na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) pela CNBB, ficasse vazia. Mas a constatação foi bem diferente. A tenda foi um dos locais mais badalados para discussões; ficou cheia o dia inteiro. E não só a quantidade de pessoas animou a organização, mas também a qualidade dos debates. 'Os temas foram frutíferos, as falas eram maduras e houve testemunhos marcantes', conta Henriqueta Cavalcante, coordenadora da Comissão de Justiça e Paz da CNBB.
A palestra sobre os mártires da igreja católica, que lutaram pela sociedade, foi a parte mais empolgante, na opinião de Henriqueta. Segundo ela, as histórias e depoimentos foram incentivos a mais para fazer o trabalho continuar adiante, também no combate à corrupção eleitoral, à exploração sexual e em prol do desenvolvimento sustentável e vida digna para índios e quilombolas.
A secretária executiva CNBB regional, Orlanda Rodrigues, lista alguns poucos defeitos, que não comprometeram o trabalho. Pequenas falhas como atrasos de palestrantes, causados pela chuva, foram considerados normais. Porém, a falta de organização na portaria da Ufra foi citada na reunião, assim como o fato de as comunidades dos bairros da Terra Firme e Guamá não terem tido oportunidade de se credenciar com facilidade. Até a emissora católica TV Nazaré ficou de mãos atadas em sua cobertura em determinados momentos, por falta de comunicação. 'No geral, foi muito positivo. Agora vamos para a prática, porque o fórum foi só teoria', convoca Orlanda.
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