No AMAZÔNIA:
Com certo ciúme e um pouco de inveja do glamour masculino na época do carnaval, Cláudia Barbosa se reuniu com um grupo de mulheres e fundou os 'Cabrasurdos'. 'Foi uma maneira de colocar as mulheres na brincadeira também. Quando não existia os Cabrasurdos, irmãs, primas, mães e avós só ‘arrumavam’ os homens da casa pra irem pular o carnaval vestidos de mulher', conta Cláudia. Há 16 anos esse quadro mudou e os 'Cabrassurdos' surgiram para alegrar a mulherada que mora e as que chegam na cidade para curtir a folia de Momo.
Ao contrário do bloco dos homens, nos 'Cabrassurdos' a bebida distribuída é vinho. 'Este ano estamos com uma quantidade menor que no ano passado, mas já é suficiente para animar muitas mulheres no bloco', diz Claudia, se referindo aos 200 litros da bebida 'sagrada'. Claudia teve a colaboração de sua irmã, Rita Barbosa, para fundar o bloco. Amanhã quem for curtir a folia em Vigia vai encontrar as organizadoras do bloco vestidas de mendigo. 'A fantasia deste ano é uma maneira de protesto contras o corte de metade da verba que nos repassavam', brinca ela. Esperando 15 a 20 mil mulheres, os 'Cabrassurdos' são animados por dois trios, um deles terá a banda 'Mika Loka', e bandinhas espalhadas pelo trajeto da folia.
Para fechar a segunda-feira gorda e maluca de Vigia, o bloco 'Gaiola das Loucas' vem para acabar com o impasse de homens e mulheres e defender de vez o sexo do meio. À noite, por volta das 21 horas, sairá o bloco formado por aqueles que decidiram em que time jogar. Para 'elas', o carro alegórico é exclusivo e tem uma longa escadaria com muito brilho e espelhos. Para não ocorrer competição com as 'Vigienses', as 'meninas' esperam os dois blocos de distanciarem bastante para, então, entrar na passarela.
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