sábado, 30 de agosto de 2008

Filhos acusam hospital de negligência

No AMAZÔNIA:

Os filhos e a viúva de Argemiro, Maria Antonia Melo, contam que a direção do PSM tentou, inclusive, impedir a transferência do aposentado para um outro hospital. 'Acho que tinham medo que a gente descobrisse alguma coisa'. Na Beneficente Portuguesa, onde deu entrada na terça-feira, Argemiro fez pela primeira vez uma ultra-sonografia. Segundo a família, o resultado não foi conclusivo e, ontem, ele deveria repetir o exame, mas não houve tempo.
Argemiro foi levado ao PSM, no domingo de manhã, porque não estava conseguindo defecar e urinar. Os problemas de saúde eram conseqüências de sucessivos AVCs (acidente vascular cerebral). No PSM, Argemiro foi levado para a sala de injetáveis, onde passou o dia recebendo medicação enquanto aguardava a liberação de um leito. À noite, juntamente com outras três pessoas, foi atingido pela calha de metal que desabou.

Sesma: atendimento foi dentro do padrão
Em nota enviada à redação, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) esclarece que Argemiro da Silva Melo deu entrada no Hospital de Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti dia 24, às 6h42 da manhã, pela terceira vez, acometido por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele foi avaliado pelo clínico de plantão, que solicitou todos exames de rotina e o encaminhou para o setor neuroclínico. Neste intervalo houve o acidente com a calha do hospital.
No mesmo dia, Argemiro foi encaminhado para o CTI II, onde recebeu atendimento do médico intensivista de plantão dr. Roberto Magalhães, que efetuou todos os procedimentos médicos necessários. Na última segunda-feira (25), o paciente amanheceu lúcido, orientado e estável e transferido no mesmo dia, às 14h30, para o hospital Dom Luis I, da Beneficência Portuguesa. Segundo a Sesma, o laudo clínico e o exame de necropsia apontam causa desconhecida para o óbito.

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