A Tim ainda chegará a ser uma Claro. Ainda chegará.

Vejam só como são as coisas.
Quando a gente tenta superar o abuso, a aversão e a repulsa por essas operadoras de telefonia celular – qualquer uma -, quando os usuários tentam dar um crédito de confiança – por um minuto que seja – a essas empresas que os tratam bem apenas quando querem vender seus produtos, eis que passa um Anônimo aqui pelo blog e conta a seguinte historinha:

Recebemos uma colorida e enfeitada correspondência da Amazônia Celular, na qual nos "sugerem" migrar para outro plano, com aqueles "bônus" que quase sempre são enrolações. Mas tudo bem.
Se não ligar, em 60 dias "seremos migrados" e sem bônus.
Muito bom, muito bem.
Ligamos, pedimos a tal migração e começa a penitência de sempre: pedem zilhões de dados, passamos por 3 a 4 atendentes tendo de escutar "vou estar lhe encaminhando para Fulano".
Vários gerúndios depois, uma graciosa voz bate o martelo:
- Ligue daqui a 2 horas pois o sistema está fora do ar!!
E assim caminha a paciência humana.
Resta dizer: - "vou estar esperando"...

Pronto. Acabou a historinha do Anônimo.
Mas tem outra, aliás, há outras duas historinhas aqui mesmo do Espaço Aberto.
Lembram-se da linha de celular, aquela que foi comprada em meio a uma deferência sem igual por parte da Tim, que atendeu o poster com tapete vermelho, apenas uns cinco minutos após ter chegado à loja da empresa, ali na Padre Eutíquio com a Conselheiro?
Pois o mesmo usuário da nova linha, transcorridos cerca de 40 dias depois da aquisição, resolveu ligar no dia 21 de agosto passado para o *144 da Tim. Pretendia fazer uma pergunta singela:
- Quando é que chega a minha primeira fatura?
Era essa – e apenas essa – a pergunta. Pronuncie você mesmo, sem pressa: “Quando é que chega a minha primeira fatura?” Dá mais ou menos uns três, cinco segundos no máximo.
Pois é.
Para que o poster pudesse fazer essa indagação, esperou primeiro cinco minutos para ser atendido. Depois, mais cinco para se identificar e mais cinco ouvindo um “Obrigada, por aguardar na linha”. Até que foi atendido.
Respondida a indagação, passou-se a mais outra, tão singela como a primeira.
- Você pode fazer pra mim o débito automático da minha conta?
A atendente disse que sim. Decorreram mais cinco minutos. Ela estava operando o sistema para passar a conta para o débito automático. Eis que a atendente fez-se ouvir novamente. Travou-se o seguinte diálogo:
- Senhor?
- Pois não, eu estou escutando.
- Qual o banco em que o senhor tem conta?
- Na Caixa.
- Aguarde um minuto.....
[Passaram-se mais uns dois ou três]
- Senhor?
- Pois não.
- Obrigada por aguardar na linha.
- O seu banco é a Caixa, não é?
- É.
- A Tim não opera com a Caixa. Tem restrições à Caixa.
- Mas isso não é possível...
- Senhor, a Caixa não consta do nosso sistema.
- Não é possível...
Pronto. Acabou. Acabou essa parte, evidentemente.
Porque não era mesmo possível que a Caixa não operasse com a Tim, já que outras faturas de gente próxima aqui do blog são da Tim e têm débito automático faturado na Caixa.
O usuário da Tim – aquele mesmo para quem estenderam o tapete vermelho quando foi comprar a linha - não desistiu.
Ligou novamente. Falou com outro operador. Esperou vários minutos para ser atendido, Contou-lhe a historinha acima e arrematou com a seguinte pergunta:
- Por que vocês, da Tim, fazem com que a gente perca tempo com vocês? Hein, por quê?
A resposta:
- Senhor, aguarde na linha, por favor.
Minutos depois, volta o atendente e trava-se outra conversinha:
- Senhor, obrigado por aguardar na linha. O seu banco é a Caixa?
- Eu já te disse várias vezes que é.
- Senhor, não há qualquer restrição com a Caixa pela Tim.
- Mas a tua colega, outra atendente, me disse que tem.
- Senhor, a outra atendente lhe passou uma informação errada. O senhor pode, sim, fazer débito automático para faturar na Caixa.
- Obrigado a você, por sua atenção. Mas olha, essa conversa nossa está sendo gravada?
- Está sim, senhor. O atendimento está sendo gravado.
- Então, eu posso falar?
- Pode.
- Pois bem. Vou começar. Eu gostaria de reafirmar que o atendimento dessa empresa, da Tim, é uma porcaria. Vou repetir para que me faça entender: é uma por-ca-ria [licença aí, Noblat]. Não é justo que eu perca mais de meia hora do meu tempo, em duas ligações, para resolver um problema que poderia ser resolvido em cinco minutos. Não é justo que uma desinformação me faça perder esse tempo todo. Esse atendimento é uma porcaria. Pronto. Era só isso. Obrigado.
E assim acabou a historinha. As duas historinhas sobre a Tim.
Mas vocês podem apostar: se a Tim melhorar um pouquinho o atendimento, vai acabar superando a Claro na excelência do atendimento. Até chegar um dia em que a Tim, quase como a Claro, vai dizer: Sempre existem vantagens em ser um cliente Claro, ou melhor, um cliente Tim [foi um engano, claro]”.
Ah, sim.
Se por um acaso a Assessoria de Imprensa da Tim quiser mandar algum esclarecimento pra cá, seria bom logo anotar o protocolo dos dois atendimentos – péssimos.
Um deles tem o número 2008425875910 e foi aberto às 11h38 do dia 21 de agosto.
O outro tem o número 2008425908641 e foi aberto às 12h35 também do dia 21 de agosto. Foi neste atendimento que o usuário indignado deixou gravada a sua indignação.
Aliás, será que não dava para a Tim converter em mp3 essas gravações, para que pudéssemos disponibilizá-las aqui no blog.
Seria emocionante.
E nisso, pelo menos, a Tim se diferenciaria da Claro.
Mas a Claro, é claro, também pode pensar nessa mudernidade.
Quem sair na frente, sairá ganhando.
Menos o usuário, é claro.