Sem maldade nenhuma, mas vocês são testemunhas que ainda ontem se previu aqui no blog: a Tim ainda chegará a ser uma Claro. Ainda chegará.
E não é que a Tim está mesmo se empenhando para isso?
Os ponteiros marcavam exatamente 14h50 de ontem quando o celular daqui do blog – celular da Tim, claro (licença aí, Claro) – tocou. Quem estava do outro lado da linha? A Tim. Uma gentil funcionária da Tim liga do Rio. Não era nem daqui de Belém, era do Rio.
Era a Tim falando com alguém que escolheu a Tim como operadora apenas para ser importunado por ela, a Tim.
Desta vez, no entanto, a Tim não importunava, não.
Ao contrário, a educada funcionária da Tim queria, digamos, esclarecer, entender, pedir uma explicação mais clara sobre o que tinha mesmo ocorrido com o poster e suas duas tentativas – a primeira frustrada – de transformar suas faturas em débito automático.
Pois à funcionária da Tim foi repetida, verbal e resumidamente, a historinha que vocês leram ontem aqui no blog.
E já que o poster foi brindado com a surpresa de receber um telefonema de funcionária da Tim, aproveitou para dizer-lhe - educada mais sinceramente - o que já dissera anteriomente, em conversa gravada como call center da própria empresa: que “o atendimento da Tim é uma porcaria”. Porque não é justo, não é razoável, não é condizente com a mínima eficiência uma pessoa perder 30 minutos tentando resolver com a Tim uma pendência que se resolveria em cinco minutos. No máximo.
O poster, tão enlevado e tão surpreso ficou com o telefonema recebido da Tim, que ousou até fazer uma ponderação à funcionária da empresa: que o ideal seria proibir que todos os funcionários – do presidente ao mais humilde subordinado - de uma operadora de telefonia celular usasse celulares daquela operadora. Eles deveriam ser obrigados a usar telefones de quaisquer outras operadoras.
Assim, os funcionários – todos – da Claro seriam obrigados a usar celulares da Tim; os da Tim, da Oi; os da Oi, da Tim, e assim por diante. Por quê? Porque, quando houvesse qualquer pendência a ser resolvida com os telefones deles, não poderiam os funcionários da Tim, por exemplo, recorrer a um coleguinha ou uma coleguinha da própria Tim para resolver a pendência. Teriam de ralar, de mover céus e terras para falar com pessoal estranho de outra operadora. Exatamente como acontece conosco, usuários, quando nos vemos obrigados a tratar de um assunto qualquer com esses call centers que estão tomados, como já disse um leitor daqui do blog, por “Gerúndias” e “Gerúndios” de todos os tipos.
Essa sugestão oferecida à funcionária da Tim que falou com o poster, no entanto, não passou de um exercício de imaginação, de uma quimera, é bem verdade. Porque a realidade é esta: o sonho de muita gente seria ter um telefone celular que não fosse operado por uma operadora de telefonia celular. Por quem seria, então? Sabe-se lá, mas não por uma operadora de telefonia celular, que despreza seus usuários de forma inominável.
Mas é justo reconhecer que, desta vez, um usuário, ao receber telefonema de atenciosa funcionária da Tim, sentiu-se verdadeira como um cliente. Um cliente, um usuário que não quer regalia nenhuma: quer apenas o que lhe é de direito querer: a contraprestação eficiente, eficaz e respeitosa pelos serviços que ele, o usuário, paga.
E como terminou a proveitosa conversa? A funcionária da Tim explicou que a empresa estava “reorientando” seus serviços para evitar a ocorrência dos problemas mais freqüentes.
Vamos acreditar que vai melhorar.
É preciso, sinceramente, acreditarmos que vai melhorar.
E para que os que têm um Tim, é preciso acreditar que um dia a Tim chegará um dia a ser uma Claro. E assim a Tim poderá dizer, como a Claro, que sempre haverá vantagens em ser um cliente Claro, aliás, um cliente Tim.
Sem nenhum exagero, é claro.
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