No AMAZÔNIA:
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa, hoje, em Belém, da assinatura do Pacto pela Madeira Legal e Sustentável, que envolve, além do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Governo do Estado, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex), o Grupo de Produtores Florestais Certificados da Amazônia e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O objetivo é incentivar a comercialização dos recursos florestais feita de uma maneira legal.
De acordo com o diretor-executivo da Aimex e presidente do Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente (CTMA) da Fiepa, Justiniano Netto, o pacto sugere ações tanto do governo quanto do empresariado, no sentido de garantir maior rigor nas compras de madeira, evitando que produtos oriundos do desmatamento entrem na rota das exportações. 'Nós estamos juntos nesse pacto. E ele vem em um momento importante, já que o setor passa por uma crise. A idéia é juntar as pessoas de bem para desenvolver um novo modelo de produção florestal para o Estado do Pará', destacou.
Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, se disse otimista em relação ao pacto, mas com algumas reservas. Ele criticou, por exemplo, o fato de o ministro Carlos Minc, na opinião dele, conhecer pouco ou quase nada da realidade da região amazônica. 'Temos que aplaudir o pacto, pois ele é uma clara demonstração da responsabilidade dos paraenses com os recursos naturais. Por outro lado, temos que ficar atentos, pois tem gente que anda fazendo política pública para a Amazônia sem conhecer', cutucou.
Para Xavier, características como o comércio de boi em pé e a grande quantidade de imigrantes que chegam à Amazônia diariamente em busca de terras, entre outras, precisam ser levadas em consideração na hora de se elaborar um plano voltado para o meio ambiente da região. 'Situações como essas demonstram que o ministro deveria ser mais desprendido e buscar mais o nosso apoio. Nós, paraenses, damos exemplo de responsabilidade na questão do trato dos recursos naturais. Além disso, lançamos agora o programa Preservar, que objetiva intervir nas fronteiras já abertas e zero de desmatamento', completou. O pacto terá validade de um ano.
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