Na FOLHA DE S.PAULO:
Uma menina de oito meses morreu na noite de anteontem após ser atirada pela mãe do sexto andar de um prédio em Curitiba (PR).
A criança caiu de uma altura de 20 metros e teve morte instantânea após atingir a marquise do edifício, localizado no centro da capital paranaense.
A mãe, a auxiliar de enfermagem Tatiane Damiane, 41, afirmou ter problemas mentais. Ela admitiu o crime e disse que "não gostava" da filha.
Damiane será submetida a um exame de sanidade mental. Ela foi autuada em flagrante por homicídio doloso (com intenção de matar). Segundo a Polícia Civil, Damiane tomava remédios contra depressão.
O porteiro do prédio, Hélio Fagundes, disse que a auxiliar de enfermagem morou sozinha no local por 13 anos, até o nascimento da filha. Ele disse saber que Damiane sofria de depressão. Segundo o porteiro, ela não era agressiva.
O pai do bebê esteve ontem no IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba para liberar o corpo. Ele não foi localizado pela reportagem.
Damiane disse que não suportava criar a filha, fruto de relacionamento passageiro. "Ela não tinha nada a ver comigo. Queria me livrar da Mariana."
A auxiliar de enfermagem acredita ter distúrbios mentais. "Acho que tenho esquizofrenia, porque perdi meus laços com a família." A sua mãe, Rachel Damiane, disse que a filha sofre de transtorno bipolar, distúrbio em que a pessoa altera estados de euforia e de depressão. Afirmou ainda que Damiane se dava bem com a criança.
No 1º Distrito Policial, para onde foi levada após ser presa, Damiane aparentava "grande confusão mental", segundo a polícia. Ela dizia que tinha de se livrar do "pacote".
A auxiliar de enfermagem ficou presa em uma cela separada no Centro de Triagem 1, em Curitiba, onde foi jurada de morte por outras detentas.
Ontem à tarde, Damiane foi transferida para o presídio feminino de Piraquara (região metropolitana de Curitiba).
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