Um resultado acachapante.
Robusto.
Devastador.
Tudo em favor das liberdades democráticas e contra abusos criminosos, que não se confundem, em hipótese alguma, com a imunidade parlamentar.
Por 364 votos, contra 130 e apenas três abstenções, a Câmara dos Deputados confirmou decisão do Supremo Tribunal Federal que mandou prender o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um bolsonarista fanático e inconsequente, que num vídeo de 19 minutos ofendeu vários ministros do STF, defendeu um ato ditatorial e, por tudo isso, atentou contra a democracia brasileira.
A sessão, que ainda está em andamento, começou há mais de três horas.
Por três ou quatro vezes, Daniel Silveira, por imposições regimentais, teve o direito de falar. E aproveitou esse tempo para expressar-se da forma mais bizarra, mais inacreditável, teatral, cínica, implausível e inconvincente possíveis.
Daniel Silveira esteve a ponto de chegar às lágrimas. Pediu desculpas. Pediu perdão. Admitiu que se exasperou verbalmente num momento de raiva. Disse que é um democrata. Que respeita os colegas. Que respeita a pluralidade ideológica. Por pouco, muito pouco, não assistimos, ao vivo e em cores, a uma levitação de um espírito puro, imaculado, passeando diante de nossas vistas sob os impulsos da serenidade e da pureza d'alma.
Mas, felizmente, o plenário da Câmara dos Deputados não se deixou iludir, enganar, engabelar por esse show dantesco, protagonizado sob o mais puro cinismo.
E manteve Daniel Silveira na cadeia, para que aprenda a distinguir imunidades parlamentares de atos afrontosos e criminosos, como bradar suas proclamações contrariamente ao Estado Democrático de Direito.
Em seu vídeo porco, excrementoso, criminoso e repulsivo, Daniel Silveira disse claramente que já havia sido preso mais de 80 vezes.
Pois bem.
Está preso mais uma vez.
E espera-se que continue preso pelo tempo que legalmente for necessário.
Porque esse cidadão, convenhamos, é de uma periculosidade incontestável para a democracia.
Ou não?
Um comentário:
Concordo com a manutenção da prisão? Claro que sim. Pena que não o acompanhem os seus eleitores, que são representados por este poodle covarde e bombadinho, bufão .
Mantê-lo por alguns dias preso é diferente de cassar o seu mandato. E não é isso que vejo no horizonte. Passará mais alguns dias preso, o Congresso deu uma satisfação à nação, e o caso irá ao Conselho de Ética, que dará um embargo de gaveta ao caso e o poodle covarde seguirá sendo deputado, agora com 81 prisões.
Portanto, somente tirando-lhe o mandato é que teríamos algum resultado positivo.
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