quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Estou chegando ao Brasil. Porque aqui no Reino Unido está uma coisa horrorosa!

Boris Johnson: a vacina "dele" não tem pátria, não tem ideologia, não tem partido.
Já em certo país debaixo da linha do Equador, vocês bem sabem como é que está.

A celebração dos britânicos, os primeiros em todo o Ocidente a receber a vacina contra o novo coronavírus Covid-19, guarda um detalhe que não pode passar despercebido - muito pelo contrário - a todos os que habitamos do lado debaixo do linha do Equador.
É que, no Reino Unido, a vacina que está sendo aplicada é a produzida pela americana Pfizer e a alemã BioNTech.
Isso significa que o governo Boris Johnson não esperou a solução caseira, qual seja o imunizante que está sendo desenvolvido pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca.
Boris Johnson, portanto, não quer saber se a vacina é da Alemanha, dos Estados Unidos, do Afeganistão ou produzida nas Ilhas Galápagos.
Ele não quer saber se a vacina é do Doria ou do Bolsonaro.
Não.
Ele quer vacina.
Ele quer seus compatriotas imunizados e com a vida preservada. E ponto.
Boris Johnson faz isso não porque seja um herói. Mas porque é um homem público que cumpre com seus deveres de governar para todos, esquivando-se, assim, de chafurdar na lama do mais repulsivo negacionismo e das mais tenebrosas prevenções ideológicas.
Já em certo país, do lado debaixo do Equador, há presidente (com histórico de atleta, é claro) que surfa no negacionismo, que já chamou a Covid-19 de gripezinha, que nunca se compadeceu das mais de 176 mil mortes ocorridas nesta pandemia, que nos piores picos da doença encatarrou as mãos e saiu cumrprimentando seguidores fanáticos, que não acredita em vacina e que, como em tudo em seu governo, não apresenta um plano consistente para imunizar milhões de pessoas, deixando-as expostas aos riscos do coronavírus.
Vocês sabem que presidente é esse?
Vocês sabem que País é esse?
Pois é.
Por isso é que já tomei uma decisão: comprei minha passagem para o Brasil.
Porque aqui no Reino Unido está uma coisa horrível.
E para o Brasil que eu vou!
Estou chegando!

4 comentários:

AHT disse...

Enquanto o Reino Unido estava na véspera da tão aguardada data e iniciar a vacinação contra a Covid-19, aqui debaixo da linha do Equador, no Palácio do Planalto, o casal presidencial inaugurava uma exposição dos trajes utilizados na posse em 1º de janeiro de 2019. Na real: um discreto comercial em prol do costureiro e da costureira que confeccionaram, respectivamente, o terno do presidente e o vestido da primeira dama. Cenas capazes de causar inveja àqueles saudosos cidadãos de Sucupira.

É de se imaginar que o presidente se entusiasmou tanto a primeira posse, que já está em campanha para a segunda posse. Será?

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FELIZ POSSE


Frequentes governos tragicômicos a entreter a nação
E o atordoado povo a chorar, rir, rir e tornar chorar.
Lá no palácio, um dia memorável para a nação:
Impecáveis trajes da posse presidencial sendo venerados.
Zurros de alegria dos leais lá fora e nas redes sociais.

Presidente garboso e decidido, faz um comercial para
Os criativos confeccionistas de tão caros, discretos,
Singelos e belos trajes para a posse presidencial,
Sem cobrar sequer um tostão. Bravo! O país economizou!
E após quase dois anos, o casal ainda curte a feliz posse...


AHT
09/12/2020

AHT disse...

.
BATEM TAMBOR

Batem tambor, falam, falam e olhando ao redor,
Arminha fazem e apontam imaginários alvos
Tentando impressionar os cidadãos – que,
Entediados, não prestam mais atenção.
Mas essa patota no poder insiste

Todos os dias. Chega a dar agonia.
A metade do mandato está se passando e
Mais arminhas e pontarias fazem, são falantes,
Batem tambor e, seus seguidores? Sempre a postos!
O comandante fala, faz lives, gera conflitos, exagera e,
Repreendido pela oposição e a sociedade, disfarça e recua.


AHT
09/12/2020

AHT disse...

Bolsonaro, quem diria que seria mais um do mesmo. Não cumpre promessas importantes, mas cumpre promessas “perfumarias”. Faz acordos até com aqueles que dizia que não faria. Troca o que dizia que não trocaria. Se livra daqueles que, por mais competentes, corretos sejam e estejam, não interessam mais ao seu jogo. Em tudo que faz sempre está encaixando a sua obsessiva campanha pela reeleição em 2022.

Na pandemia, quando questionado, soltou alguns “E daí?”. Ou, dando uma de líder forte e “marrento”, não tendo o que argumentar diante de tantos mortos pela Covid-19, e aparentando indiferença, simplesmente dizendo na bucha que “um dia todos irão morrer”, como se isso justificasse a falta de ações eficientes, eficazes e efetivas por parte do governo.

Mantendo o Ministério da Saúde e a ANVISA sob sua vigilância, interferiu sempre que julgou necessário e causando conflitos ao desautorizar declarações e decisões de ministros e outros cargos. Tudo para manter a “coerência” de seus discursos e foco na reeleição, sem perder seguidores, ativistas e eleitores que nele já tinham acreditado.

Porém, mais uma vez Bolsonaro disfarçou e recuou. Em plena segunda semana de dezembro ao ser confrontado por governadores, autoridades e sofrer pressões da sociedade, ao sentir o drama e o risco de não conseguir a reeleição em 2022, e até comentários sugerindo o risco de sofrer um processo de impeachment, imediatamente mandou o ministro da Saúde declarar - mesmo que contradizendo declarações e supostas decisões anteriores -, a surpreendente informação para a imprensa que a vacinação já poderia ser em final de dezembro ou início de janeiro, “se Pfizer obtiver autorização emergencial, dependendo também de a farmacêutica conseguir 'adiantar' algumas doses. Essa etapa emergencial atenderia a uma parte restrita da população”.

Ora, como isso seria possível – se, até o momento nenhuma negociação para compra e a logística para importação e transporte da vacina teria sido iniciada? Quanto a essa possibilidade de antecipação da vacinação, acreditar em qual das personalidades dessa dupla hierarquicamente afinada na “marra”?


AHT
09/12/2020

kenneth fleming disse...

Acho que a diferença entre os dois pode estar no penteado, ou não penteado. Um anda com o cabelo "à la Beiçola", e o outro nunca ouviu falar que os pré-históricos desenvolveram um osso ao qual chamaram de pente.