quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Zé Gotinha lava a nossa alma diante de um Bolsonaro completamente fora dos eixos

 

Devo confessar: todas as vezes em que vejo e ouço Bolsonaro falando de paz, amor, perdão, conciliação, entendimento, racionalidade e moderação, tenho a mais absoluta certeza de que ele tomou seus calmantes em excesso.
Posso até estar enganado, mas deve ser assim mesmo. Fora de brincadeira!
O Bolsonaro da paz, do amor, do perdão, da conciliação, do entendimento, da racionalidade e da moderação é o Bolsonaro anormal,  é o Bolsonaro completamente descompensado, fora dos eixos.
O Bolsonaro centrado mesmo é aquele que a gente conhece muito bem: o do ódio expelido por todos os poros, o da falta de sensatez, da falta de inteligência, do encatarramento próprio em espaços públicos, do negacionista fanático que vê gripezinha numa doença que já matou mais de 180 mil brasileiros.
O Bolsonaro centrado e normal é aquele, enfim, que não liga lé com cré.
Pois o Bolsonaro que se exibiu na solenidade desta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, quando se anunciou o plano de vacinação, era aquele que devia estar entupido até o talo de calmantes. Era o Bolsonaro anormal, descompensado, fora dos eixos.
E aí?
E aí que Bolsonaro, nessas ocasiões, nem sabe o que fala e muito menos o que faz.
Nessas ocasiões, ele contradiz completamente discursos que proferiu algumas horas antes, quando não estava plenamente acalmado, e faz coisas absurdas, que acabam até virando memes.
Na solenidade do Planalto, por exemplo, postou-se, sorridente e cheio de amor no coração, ao lado do Zé Gotinha.
Zé Gotinha, claro, estava de máscara. Bolsonaro, não.
Zé Gotinha, claro, teve nojo de cumprimentar Bolsonaro (vejam, no vídeo acima, esse momento antológico, de lavar a nossa alma).
Zé Gotinha, claro, é o emblema, o símbolo, o emblema do incentivo à vacinação. Bolsonaro acha que tomar vacina pode dar pirrique nas pessoas e levá-las à morte. Acha, enfim, que é coisa de "maricas".
Entenderam?
A normalidade de Bolsonaro anda a quilômetros de distância do Bolsonaro que se exibiu no Palácio do Planalto.
Isso não é uma especulação.
É um fato!

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