Olhem só.
Por aqui, fala-se há milênios numa reforma
eleitoral que garanta maior representatividade.
A reforma nunca é feita. E se alguém propusesse
a redução do número de congressistas, por certo seria levado à guilhotina.
Pois olhem só o que acontece na França, onde a
guilhotina, sobretudo no final do século XVIII, respingava sangue dia e noite,
noite e dia.
A França, meus caros, simplesmente reduzirá o
número de seus parlamentares em
quase um terço e adotará um critério de representação proporcional nas próximas eleições legislativas, uma grande reforma que visa
restaurar a confiança dos eleitores em uma classe política altamente
desacreditada.
As
medidas estão em consonância com promessas de campanha do presidente Emmanuel Macron, e resultam
de um acordo entre o governo e o líder do Senado, que é controlado pela
oposição e cujo apoio é essencial para a aprovação das reformas.
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, avalia
que as reformas, se aprovadas pelas duas casas do Parlamento conforme o acordo
firmado, acelerarão o processo legislativo e darão mais voz a grupos atualmente
sub-representados no Parlamento.
Entenderam?
Simples assim.
Aqui, haveria uma revolução – com guilhotina e
tudo – se uma proposição como essa fosse apresentada.
Mas, no País que popularizou a guilhotina e que
foi a Pátria de seu criador, o médico Joseph-Ignace Guillotin,
uma reforma com esse alcance é feita rapidamente.
E democraticamente.
Sem guilhotina, registre-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário