Agnelo Queiroz e Arruda: o que eles têm de diferentes?

O governador Agnelo Queiroz (PT): mas o que é isso, hein, companheiro?

Mas isso é que é!
Quando todos pensamos que já vimos tudo, em termos de maus exemplos e descaramentos na política, sempre tem uma cosita nova.
Vejam esse impoluto companheiro petista, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Quando era do PCdoB, ele foi ministro do Esporte.
Tratou a pão de ló camaradas metidos em trapalhadas com dinheiro público liberado para o programa Segundo Tempo.
Toda essa parada foi posta a nu há uma semana, em gravações da revista Época.
A matéria mostra que o companheiro, simplesmente, ajudou um PM a fraudar provas para se defender de denúncias de desvio de recursos.
Só isso.
O que faz o distinto?
Exonera toda a cúpula da Polícia Civil, por suspeitar que policiais vazaram as gravações.
Ora, mas Queiroz tem alguma coisa a ver com esse peixe?
Se não tem, deveria, ele próprio, estimular os policiais a vazarem mais gravações, para provar que está acima do bem e do mal.
Mas não.
Ao contrário, o companheiro, parece, não tem o que dizer em casa sobre essas acusações cabeludas.
Aliás, cabeludíssimas.
E pensar que Agnelo Queiroz foi eleito com o discurso de que ocuparia o governo do DF para mudar hábitos e práticas deletérias que acabaram por derrubar o governador anterior, José Roberto Arruda, do DEM, pilhado no cometimento de malfeitorias, documentadas em vídeos, inclusive.
Não é à toa que o DEM, agora, vai pedir o impeachment de Queiroz.
Faz bem.
Faz muito bem.