segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Busato vem para resgastar "dignidade" da OAB do Pará

Busato, o interventor: "Pretendo conversar com todos, de A a Z"
O presidente-interventor da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, Roberto Busato, chega esta semana a Belém disposto a pacificar a advocacia paraense, que está em pé de guerra desde julho passado, quando estouraram séria divergências a partir da venda de um terreno, em Altamira, para o advogado Robério D'Oliveira.
Em entrevista ao Espaço Aberto, o primeiro a ouvir o novo presidente-interventor, desde que ele foi designado formalmente para dirigir a Ordem pelos próximos seis meses, Busato diz que, além de pacificar os ânimos, vai procurar resgatar a "dignidade e respeitabilidade da Instituição".
A seguir, a entrevista com Busato, que respondeu por escrito a quatro questionamentos do blog.

--------------------------------------------

Quais são as primeiras medidas que o senhor tomará quando chegar a Belém para começar, efetivamente, o processo de intervenção?
Não tenho um cardápio pronto como primeiras medidas a serem executadas na Seccional do Pará. Vou procurar conversar bastante com todas as pessoas ligadas a Instituição, sejam de que lado forem, para então tomar as primeiras providências que sejam necessárias para o regular andamento da Casa do Advogado.

O presidente afastado, Jarbas Vasconcelos, tem feito críticas ao processo interventivo, que, segundo ele, nada terá para sanear, inclusive em relação à venda do imóvel em Altamira, uma vez que o negócio foi desfeito por deliberação unânime do Conselho Seccional. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Respeito o pensamento do colega Jarbas Vasconcelos, porém este argumento foi repetido inúmeras vezes, por seu advogado, por ocaisão do julgamento em Brasília do pedido de intervenção formulado pela Subseção de Altamira, sendo rejeitado por ampla margem pelo Conselho Federal, que entendeu que há uma coisa muito especial a ser resgatada, que é a dignidade e respeitabilidade da Instituição - OAB-PA.

Os ânimos na OAB do Pará estão acesos. Revelam hostilidades entre dois grupos, um contra e outro a favor ao presidente Jarbas Vasconcelos. A polarização é flagrante. O senhor vê condições de aplacar esses confrontos e conduzir o processo de intervenção sem atropelos?
Vejam bem, esta polarização de ânimos, muito beligerante é que deu causa à quebra da dignidade e respeitabilidade da Instituição. Evidentemente, a Seccional tomará rumo certo, se os ânimos sejam serenados e este é o cerne de minha missão. Bem por isso, pretendo conversar com todos, de A a Z. Este acirramento já causou enorme prejuízo, tanto à Seccional como ao Conselho Federal e prejuízo pessoal e profissional a todos os envolvidos no enredo infeliz.

A OAB sempre defendeu a transparência. Nesse sentido, a entidade propugna, entre outras coisas, pelo fim do voto secreto no Poder Legislativo e pela transparência de todos os atos do Poder Judiciário. Mesmo assim, o Conselho Federal fez uma sessão secreta para decidir sobre a intervenção no Pará. Não é uma contradição? O senhor votou a favor para que a sessão fosse secreta?
 A Ordem é transparente por excelência, porém o que poucos sabem é que nosso Estatuto é Lei Federal (8.906 de 04.07.94). O que ocorreu por ocasião do julgamento foi dar cumprimento ao art. 72, § 2º daquela Lei, que determina o julgamento secreto de processos disciplinares. Evidentemente a OAB não pode deixar de cumprir com disposições legais da Lei que regula sua atividade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Os únicos que podem resgatar a OAB/PA, somos nós advogados paraenses, pelo voto!
Não à Intervenção!

Anônimo disse...

Náo sou advogada, mas venho acompanhando esse angu. Acho que só uma pessoa de outro estado, de grande respeitabilidade, tem imparcialidade necessária para colocar ordem nessa casa dos advogados,que esta com a imagem bem arranhada. Parabens aos que tiveram coragem de optar pela intervencao.

Anônimo disse...

NÃO AOS GRUPOS! SIM A INSTITUIÇÃO!