sexta-feira, 17 de junho de 2016

Belém nos tempos: a avenida São Jerônimo



Do Belém Antiga, em sua página no Facebook:

A surpreendente história de uma avenida que foi sem nunca deixar de ter sido. Que sumiu do mapa há quase 60 anos e continua presente no dia a dia dos moradores de Belém. Talvez uma das únicas do mundo com dois nomes.
Lugar de poços que abasteciam de água potável a Belém do século XIX, ganhou o primeiro nome por causa de um deles, o que ficava no sítio Paul de Água, na então Estrada de Paul D’Água. E você deve estar se perguntando... que história é essa?
O livro ‘Ruas de Belém’, de Ernesto Cruz, diz que era ‘Estrada de Paul D’água’, muito provavelmente por causa do poço que ficava na esquina da Piedade e que abastecia Belém até metade do século XIX.
O nome São Jerônimo, veio em seguida como homenagem ao conselheiro Jerônimo Francisco Coelho, presidente e comandante das armas no Pará em 1848, que abriu desde o Arraial de Nazaré, várias das ruas e travessas que dariam origem ao bairro do Umarizal.
Antiga região de sítios, viria a abrigar palacetes no estilo Europeu no final do século XX, bancados pela riqueza da borracha como o de Augusto Montenegero, governador no início do século XX, ( Hoje Museu da UFPa), em frente a residência do Senador Vigílio Sampaio, ambos na esquina da São Jerônimo com a Generalíssimo Deodoro.
Em 1907, ganha o sistema de bondes elétricos e mais palacetes como o Bolonha e o Bibi Costa. O nome atual surgiu homenageia o interventor federal Governador José Malcher, que chegou ao poder em 1937, por ocasião da mudança do sistema político no Brasil.
A mudança ocorreu por decreto em 1956 e foi resgatado da biblioteca da Câmara pelo colaborador Bruno Rosa ( foto publicada). Ganhou novo nome oficial, mas nunca perdeu o antigo.
É avenida de dois nomes.. tão presente e tão ausente do dia a dia da capital que ajudou a construir. Hoje, quando passar pela São Jerônimo, ops, José Malcher, contemple esta história, conte para seus amigos, veja a beleza do casario e ajude a preservar a memória de Belém.

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente história, parabéns