A menos que mudem as condições de temperatura e
pressão - e não será improvável que mudem mesmo -, a chapa do professor
Emmanuel Tourinho revelará, logo após as eleições para reitor, indícios
fortíssimos de que teria havido uma armação - ilimitada, se vocês quiserem - no caso que envolveu a nomeação-desnomeação do ex-reitor Carlos Maneschy para assessor da Reitoria.
Em outras palavras: o ato teria sido formalizado
com o intuito proposital para comprometer, para deixar mal a chapa de Tourinho
perante a enorme comunidade universitária.
"Nós temos evidências de que foi tudo
armado, inclusive porque o professor Maneschy estava viajando de férias, na
ocasião em que o ato foi publicado no Diário Oficial da União. Nem ele mesmo
sabia que fora nomeado. E ficou tão surpreso quanto todo mundo", disse ao Espaço Aberto uma fonte bem próxima a
Tourinho.
Mas no outro lado da ponte também há denúncias
sendo recolhidas.
Oposicionistas ao grupo situacionista na UFPA
também correm atrás de evidências que demonstrariam o engajamento -
escancarado, afrontoso e acintoso - de funcionários lotados em setores da
Reitoria em favor da candidatura de Tourinho.
O engajamento, seja bem dito, não seria apenas
no nível da simpatia de alguns funcionários pela chapa encabeçada por Tourinho.
O que se diz é que alguns estariam mesmo trabalhando
como integrantes da chapa, ao mesmo tempo em que batem ponto na Reitoria, fato
que, no mínimo, seria eticamente condenável.
E assim a UFPA vai ensinando, a políticos
experientes em artimanhas em eleições partidárias, como é que se processam as
manhas em eleições universitárias.
Viva a UFPA, essa baluarte das boas práticas e
dos bons costumes.
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