quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O assalto, a violência, o desprezo. "Estamos em Belém".

Mulher de um professor viu a morte de perto, na manhã de ontem, ao ser vítima de sequestro-relâmpago.
Por volta das 10h, foi abordada por três jovens armados num semáforo na Antônio Everdosa, próximo à Humaitá (imagem acima, do Google Maps).
Eles entraram no carro e ficaram rodando com ela na baixada do Acampamento por volta de meia hora. Levaram tudo do carro, e continuaram apontando duas armas - sim, duas - na cabeça da moça.
Os bandidos decidiram abandonar o carro, com a vítima dentro, numa invasão porque não sabiam dirigir carro automático.
Gracas a Deus, preferiram não levá-la a algum caixa eletrônico para tirar dinheiro. Contentaram-se com uma aliança, o celular e dinheiro em espécie que a moça levava para comprar material de construção a vista.
E aí?
E depois do assalto?
Aí, meus caros, nessas ocasiões é que sobressai ainda mais a sensação de abandono, de desamparo, de quase desprezo do Poder Público em relação a inocentes que são presas de bandidos.
A mulher e o marido foram a uma delegacia para registrar a ocorrência. Mas, acreditem, foram orientados a ir para casa e fazer o BO on-line, sob a justificativa de que não houvera morte.
O professor ponderou que isso não adiantava, porque era necessário que a polícia empreendesse diligências para tentar prender os bandidos.
A escrivã, plena e prenhe de ironias, limitou-se a dizer: "Nós estamos em Belém, meu senhor".
Então é assim.
"Estar em Belém" significa que não teremos investigação, que não teremos providência alguma, que o cidadão humilhado pela violência continuará expondo a criminosos cada vez mais audaciosos.
E mais: naquela área, onde costumam ocorrer muitos assaltos, os bandidos continuarão a imperar.
Porque "nós estamos em Belém", ora bolas.

10 comentários:

Anônimo disse...

Bethleem, the far west.

Anônimo disse...

Isso é um absurdo, o Ministério Público tem de agir diante dessa omissão policial!
Se não ganha bem ou está insatisfeita, que largue o osso e dê o lugar para quem quer trabalhar.

Anônimo disse...

sei de uma grande empresa q foi assaltada em um valor superior a 200mil reais e a policia nao fez nada...que dirá o assalto de alguns "trocados"...moramos na síria, paquistão, afeganistão, ou algo que o valha...com perdão dos lugares citados, é claro!

Anônimo disse...

Corregedoria na delegada.

Anônimo disse...

O Haití é aqui!
Tão Belém!

Anônimo disse...

Não foi a delegada, foi escrivã. Independente disso, como seria Belém se a polícia fosse extinta?

Anônimo disse...

Se fosse extinta não faria falta. A prova tá ai pra todo mundo ver.
Faço um desafio: quantos homicídios houve em Belém em 2015 e quantos foram solucionados.
Se chegar a 10% me calo.

Anônimo disse...

Isso é Belém, isso e Pará, isso é Brasil.

Anônimo disse...

Na verdade, a Polícia Civil, está muito esculhambada e sem comando.

Anônimo disse...

Esses grupos de exterminio em Belém já estão passando dos limites e executando pessoas inocentes, só eu conheço 2 pessoas que estão ameaçadas.

Esse grupo de extermínio do carro preto / prata, estão agindo com conivência da PM, eles dão cobertura e tenho certeza que tem PM no meio.

Kd o secretário de segurança publica do Pará, kd a sociedade civil? ninguem faz nada.

A sorte desses milicianos é que em Belém só tem bandido pé rapado, zé zuela, não sãoorganizados, se fosse em SP os PCC ia fazer picandinho desses Pms vermes aí de Belém.

Não executem inocentes seus vermes, se fizerem com alguem da minha familia vou passar com a carreta em cima de vcs no desfile de 7 de setembro seus vermes.