Do jornalista e leitor do blog Francisco Sidou, por e-mail:
Em nome do progresso demoliram, com as picaretas
da insensibilidade, o majestoso prédio do "Grande Hotel "para em seu
lugar erguerem um prédio modernoso e sem "alma". A exemplo do
Copacabana Palace, no Rio, o Grande Hotel seria hoje uma referência e uma das
"caras" de Belém.
Em nome também do progresso e da ambição
predatória, destruíram os quintais de Belém , substituindo as áreas verdes de
"respiração" da cidade por enormes torres tórridas que servem de
barreiras para o vento que vem da baia entrar na cidade, que vai ficando cada
vez mais quente.
Agora, também em nome do progresso, querem
transformar o Ver-o-Peso, a maior referência de Belém, como a maior feira livre
da América Latina, em um "shopping center" modernoso, desfigurando
sua identidade e arrancando suas "raízes" com a cultura paraense.
Por que não se ouve a opinião de feirantes e
usuários do Ver-o-Peso em audiências públicas ? Por que os gestores públicos
não gostam de ouvir a população e só procuram o "diálogo" às vésperas
de eleições ? E o Ministério Público, não pode agir em nome da sociedade
provocando essas audiências públicas sobre o Projeto do Novo Ver o Peso?
Desculpem, mas perguntar é a principal
ferramenta de um jornalista. E não ofende a quem nada tem para esconder.
Qual
será a próxima agressão ao patrimônio cultural de Belém? Transformar o Theatro
da Paz em uma feira de artesanato? Ou vender o Bosque Rodrigues Alves para
alguma construtora de torres tórridas de cimento, vidro e aço?
5 comentários:
Querem transformar um mercado tradicionalmente popular em estação "gurmê"; para com isso Zeraldo.
A diferença entre o grande hotel, o bosque, o teatro e a feira (não o veropeso) é a sujeira. Muita sujeira. Sou a favor da destruição da feira atual por uma feira limpa (se é que isso é possível). O mercado de ferro deixa lá. Só tinha que ser limpo e remodelado por dentro. E não apenas isso. Fechar o trânsito ajudaria muito. Até fechar parcialmente, deixando com uma linha só, a linha veropeso, por exemplo, não várias linhas.
Como está, não presta. Ninguém que adote a higiene como parâmetro mete-se por ali.
Deveriam copiar o modelo exitoso de São Paulo.
Aliás, a falácia da maior feira aberta cai por terra com a foto atual aí em cima. Tem é que limpar. Os turistas amam o veropeso mas reclamam da sujeira.
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