Bons tempos aqueles - bons mesmo - em que as brigas de comadres se resumiam a um bate-boca inconsequente, cheio de malícias, mas de repercussão limitadíssima a cinco, seis ou dez pessoas.
Bons tempos aqueles em que as reuniões animadas de compadres eram recheadas de fofocas - das mais cabeludas, que fossem -, mas com repercussão restrita a grupelhos.
Esses eram os tempos pré-spams, pré-Facebook, pré-Instagram, pré-Snapchat, pré-tudo isso aí.
Eram tempos, enfim, pré-redes sociais.
Hoje, não.
Comadres fofocam pelo Facebook.
Compadres dizem podridões pelo Twitter e correlatos.
Temos, então, horrores sem fim.
Nos últimos dias, leitores voltaram a relatar ao blog coisas horríveis que brotam de desavenças pelas redes sociais.
O bate-boca começa com tom e pinta de altíssimas discussões sobre os destinos políticos do país.
Mas logo desanda para baixarias que envolvem a honra até mesmo de terceiros que nada têm a ver com a história.
E as baixarias repercutem de tal forma que, em poucas horas, as mentiras se multiplicam em progressão geométrica.
Por isso é que o Espaço Aberto, em postagem de setembro do ano passado, intitulada Redes sociais viram o desaguadouro de podridões, escreveu assim:
Neste Brasil democrático, o mais democrático em cinco séculos de história, assistimos aos trogloditas da intolerância recorrendo às redes sociais para despejar podridões de toda espécie.
Neste Brasil democrático, confunde-se o direito de criticar com o destroçamento de reputações, simplesmente porque o oposto pensa diferente de nós, age diferente de nós e tem opções diferentes das nossas.
Aonde, sinceramente, iremos parar?
Neste Brasil democrático, confunde-se o direito de criticar com o destroçamento de reputações, simplesmente porque o oposto pensa diferente de nós, age diferente de nós e tem opções diferentes das nossas.
Aonde, sinceramente, iremos parar?
Essa pergunta continua no ar.
4 comentários:
No BRASIL de hoje está instalada a luta de classes. No caso político quem não é do PT fica imediatamente demonizado. Espanta-me constatar que se negue ou se conteste a série interminável de escândalos que nos estarrecem. As quantias milionárias já devolvidas a Petrobras, e aos cofres do Governo, são provas incontestáveis da verdeira quadrilha que age , e continua agindo em setores cruciais do pais. A defesa, para citar um só exemplo, vinda pelas declarações do Lula, diz mais ou menos: "eles não aceitam que o pobre ande de avião" e por ai vai. Aposentou o mantra preferido "eu não sabia" pela guerra ele e nós. As faladas redes sociais, em grande parte, como dizes servem "para despejar podridão de toda espécie"
A Sociedade quando ainda na ERA "AI" não imaginou e nem se deu ao trabalho de se preparar para entrar na ERA "PI". Corre o risco de ser degradada e antes que consiga desenvolver novos recursos e regras que garantam a sua integridade e condições de convivência saudável entre pessoas, grupos, comunidades, povos e nações.
"AI": Antes da Internet
"PI": Pós Internet
A Internet também é um poderoso fator multiplicador, desde o Conhecimento, Informação em tempo real, passando pela manipulação da Sociedade e até mesmo dos efeitos causados pelo Caráter Humano.
Eis a questão:
- Se fora de controle, a probabilidade é que a Internet interfira até o ponto que o aspecto mau-caráter do Homem prevaleça, em prejuízo da Sociedade?
O ser humano é assim. Na Coreia do Norte as redes sociais (se existirem) devem ser uníssonas.
Com a diferença de apenas um ano, o Zimbábue também comemora o seu grande líder e no Poder há 35 anos. Aqui, a festa de aniversário de 36 anos do PT comemorado e dando "o maior apoio" ao Lula.
A seca aqui judia do povo de boa parte do Nordeste e, nos últimos tempos, em outras regiões do Brasil. Na África, ha povos sofrendo com a seca.
Vítimas das secas constituem um rico capital votante, arrebanhadas em valiosos currais eleitorais de propriedade de grandes bandidos travestidos de políticos.
Na África e Brasil, vítimas das secas justificam ajudas em dinheiro e outros recursos, que acabam em grande parte desviados para os patrimônios pessoais de governantes, politicalha agregada e até de burocratas subalternos.
No Brasil, a esperteza assessorada por oportunistas dá de 10 x 0 nos "Opositores", cândidos políticos e homens da mídia que não saem de cima do muro. Até o dia que...
O Grande Apedeuta, não adepto aos livros, mas sempre atento aos intelectuais e banqueiros que não paravam de cochichar em seus ouvidos. Inteligente, ladino e ardiloso, tornou-se exímio na arte da política. Entre drinques finíssimos e até cachaça, estava sempre a pensar em artimanhas políticas, em discursos e até em estratégias e táticas, graças ao que ouvira de um tal Fidel e de alguns ex-companheirinhos, entre esses um tal de Zé Dirceu, fiel escudeiro que não se abriu nem mesmo estando no xilindró.
"... ao povo, para amolecer seu coração, propaganda, circo e um pouco de pão. Opinião manipulada, oh, que emoção! Sufoco a sua razão, povo vai amansando, se conformando com a situação. Porque somos poderosos, muitos nos criticarão. Tentarão, em vão, nos derrubar de cima de nossos alazões. Coitados, logo nós, protegidos com armaduras e lanças. Finalmente, teremos a boiada mansa, pelo medo de ser chuchada por nós... Avançaremos sobre outros territórios vizinhos e além-mar... Eu, Imperador Trabalhista... Oh, que emoção!..."
Mas quando menos se espera...
Chega o sonhado dia... um cidadão foi iluminado por uma nave espacial, e começou a falar, ainda mansamente, "Não posso deixar de falar... não somos o povo fraco e tanto que dizem que somos. Não somos! Absolutamente, não somos!"
De repente, todos se dão conta do que lhe fizeram. Alienígenas recém chegados à Terra, condoídos com o que viam a um certo tempo aqui, resolveram dar um ajuda: telepaticamente ensinaram muito àquele povo, reavivando o sub-consciente coletivo, aflorando habilidades e dons, até de ler pensamentos.
E aquele cidadão que primeiro se expressou e foi ouvido por todos, como se estivessem saindo de um longo sono, se aproximou do Grande Apedeuta, justamente, naquele momento que ele pensava sobre estratégias e o povo lhe servindo. Se aproximou, com cara de manso e inofensivo e, de repente, olhou para o Grande Apedeuta e o enfrentou com palavras e expressões que transmitiam poderio:
"Você, apedeuta boçal, de armadura de lata importada da China e chuchos por seus ex-companheiros feitos nas prisões, saiba que nós sabemos que você, oh, beberrão!, não passa de um grande e f#p@ vigaristão! Vamos pegar esse chucho e, oh, no seu fiofózão!"
Dito isso, o povo se encheu de coragem, avançou sobre Apedeuta e Apeudeutetes covardes e os derrubaram de seus alazões, tomaram chuchos e estiletes, fazendo-os prisioneiros. Foram levados para a Papuda, Bangu de 1 a 10, e outras penitenciárias. Clonaram o carcereiro Japonês da Federal, 10 para cada prisão. Também clonaram 1.000 Juízes SM e outros milhares Policiais Civis e Militares, Delegados, Promotores e Procuradores íntegros e confiáveis. Tudo isso, para garantir total Segurança durante a fase de transição para o Novo Brasil e evitar terríveis recaídas e violentas agressões à Democracia e ao Estado de Direito.
Fim.
Rir é o melhor remédio!
Disse o inigualável Barão de Itararé: "Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades".
Está explicado. Graças ao Barão de Itararé podemos entender porque os sonhos mais significativos para um povo não são concretizados.
AHT
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