São Francisco, "clube eleito do meu coração"

O São Francisco dos anos 70: Guajará, Edmar, Darinta, Arinos, Maromba e Cuca (em pé); Odilson, Cabecinha,
Da Silva, Jeremias e Navarrinho (agachados). O Leão está de volta ao Parazão, após a vitória sobre o Bragantino por 1 a 0.

Olhem só.
O pessoal da editoria de Esporte aqui do Espaço Aberto aprendeu a gostar de futebol, no início de década de 70, assistindo em Santarém ao São Francisco Futebol Clube jogar, torcendo por ele, acompanhando-lhe os jogos - absolutamente todos, de manhã, de tarde e de noite, a hora em que fosse.
O palco dos jogos era o estádio Elinaldo Barbosa dos Santos, na avenida São Sebastião, hoje tomado pelo matagal.
O time era quase imbatível.
Sua escalação, que o pessoal aqui da redação sabe de cor e salteado: Xabregas (posteriormente seria o Edmar), Guajárá, Helvécio, Maromba e Cuca (que depois viria para o Remo); Antônio Carlos (o Pão Doce) e Da Silva; Carlitinho, Cabecinha (que também jogou no Remo), Jeremias (idem) e Navarrinho.
Vários deles aparecem nessa foto aí em cima, pinçada do Blog do Jeso.
Eram tempos em que o repórter aqui da redação era tão apaixonado pelo São Francisco que, nas semanas de Rai x Fran, o clássico local, asssitia até aos treinos do Leão, levado pelas mãos do seu Osmar (o saudoso Osmar Loureiro Simões, o eterno mocorongo, um dos maiores radialistas de Santarém e do Pará).
Os treinos era num campo que tinha um areal danado, ali pelas bandas onde viria a ser construído o Iate Clube de Santarém.
Mas a academia que era o São Francisco jogava de tal forma, tão à vontade, tão afinado como se estivesse jogando naquilo que os coleguinhas costumam chamar de tapete verde.
O Leão foi tricampeão santareno.
E o repórter daqui teve direito a uma faixa, providenciada generosamente pelo presidente do clube, o empresário Francisco Coimbra Lobato, o seu Chico, que mora no coração de todos nós.
Por que essas evocações?
Por que essas lembranças?
Por que essas rememórias?
Porque o Leão voltou.
O Leão renasceu.
O São Francisco está novamente na elite do futebol paraense.
Vai disputar o Parazão deste ano, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, no último sábado, em Bragança.
Só era preciso um empate.
Mas o Leão ganhou.
E enche de alegria, enche de satisfação o pessoal daqui.

São Francisco valente de guerra
Clube eleito do meu coração.
Porque teu destemor não se encerra
Nos estádios te chamam Leão.

São esses os primeiros do Hino do Leão.
O autor é Emir Bemerguy, que expressa, logo aí, o espírito guerreiro do time que está no Parazão.
Bem-vindo, Leão.