segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ipea se desvincula dos estudos de pesquisador sobre divisão

O site Sim Carajás, que apoia a criação do Estado de Carajás no plebiscito, divulgou nota assinada pelo Assessor de Comunicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
João Claudio Garcia Rodrigues Lima, desautorizando o nome da instituição como chanceladora de dados que o pesquisador Rogério Boueri vem usando para mostrar a inviabilidade da divisão do Pará.
"Como consta do próprio documento que consubstancia o estudo produzido pelo Técnico mencionado, as opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade do(s) autor(es), não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da Secretaria de Assuntos Estratégicos. O Ipea é uma instituição plural, que abriga várias visões sobre os temas que se dispõe a estudar", afirma o assessor de Imprensa do Ipea.
Boueri, num trabalho intitulado Será a divisão do Estado do Pará uma boa ideia?, tem sustentado que o Estado do Tapajós, se criado, gastaria com o seu governo estadual a proporção de 44% do seu PIB. "Naturalmente, isso não quer dizer que essa proporção do PIB do estado seria alocada para financiar as despesas estaduais, mas sim que a máquina estadual consumiria um valor equivalente a 44% da produção local", afirma o pesquisador.
No caso do Estado de Carajás a situação, embora melhor, ainda estaria longe de ser confortável, segundo ele. "Esse Estado gastaria o equivalente a 19% do seu PIB com o governo estadual, o que é bem menos que a proporção do Tapajós, mas ainda assim é maior que a média nacional (12,5%) e maior que a média do Pará (16%)", diz Boueri.

Um comentário:

Adelina Braglia disse...

Bom dia, caro Paulo:

a frente SIM Carajás comporta-se como o pai que tira o sofá da sala por não poder conter o namoro da filha. Ou seja, por não ter argumentos que sustentem metodologica e tecnicamente os seus dados, desqualifica quem produz o que eles não gostam de ver.

No texto 1367, do IPEA, publicado há tempo - Custos de Funcionamento das
Unidades Federativas Brasileiras e suas implicações sobre a criação de novos estados,de dezembro de 2008 - como em toda a série que o abriga(Textos para Discussão) está impresso na página de rosto a seguinte observação: "As opiniões emitidas nesta publicação são de
exclusiva e inteira responsabilidade do(s) autor(es),
não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da
Secretaria de Assuntos Estratégicos."

E daí? Daí que a Frente acena com o que já estava escrito.

O que a Frente não diz é que desde dezembro de 2008 o texto do pesquisador está no ar, no site do IPEA (http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/tds/TD_1367.pdf) e nenhum técnico ou instituição jamais o contestou cientificamente. Nem mesmo os que referendam "os dados" da Frente.

Simples assim.

Abração, Paulo.