Do leitor Yúdice Andrade, sobre a postagem Por que não tratar os mijões daqui como os mijões de lá?:
Formalmente (é claro que apenas formalmente), urinar na rua é tão proibido aqui quanto no Rio de Janeiro. Em tese, é até crime, o de ato obsceno. Mas todo a questão está no modo como lidamos com a situação.
Além de um poder público omisso no nível mais vergonhoso de que já se teve notícia, a própria sociedade é muito permissiva. Aqui em Belém somos acostumados a minimizar todos os comportamentos nocivos.
No mais, precisamos lembrar que esse empenho todo das autoridades cariocas não veio da consciência: é um processo de adaptação aos megaeventos esportivos que lá ocorrerão em 2014 e 2016. Estão reacostumando a população desde agora.
Algo semelhante aconteceu na China, onde as pessoas tinham (ou ainda têm, não sei) o hábito de urinar e até defecar na rua. Para realizar as Olimpíadas lá, foi preciso acabar com o espetáculo tétrico e as autoridades chinesas não hesitaram em usar a polícia para introduzir, digamos, costumes mais ocidentais.
5 comentários:
Caro Paulo, tenho acompanhado suas posições e de outros aqui no Blog, sobre os mijões da cidade. Não quero ser advogado do diabo, mas algumas empresas que atendem ao público, bem que poderiam contribuir para evitar o uso da via pública como sanitário. Eu mesmo, sofri, na semana anterior ao carnaval, por exemplo, dentro de uma farmácia da Rede Extrafarma no Bairro de Nazaré, àquela que fica bem no canto da Generalíssimo com a Avenida Nazaré (no prédio do velho Avenida). Tarde chuvosa, tinha acabado de fazer um exame num laboratório próximo, e ao fazer compras na dita farmácia, tive vontade de urinar. Solicitei o uso do banheiro e fui impedido pela gerência com a justificativa de que "a política da empresa não permite o uso de banheiros por estranhos". Veja, eu era um cliente em situação excepcional, com compras na mão, e não me permitiram o uso do banheiro da farmácia. Tive que buscar alívio no banheiro do Ópera (veja o risco que corri, rs), logicamente depois de consumir alguma coisa da lanchonete. Obviamente que desisti da compra dos remédios na dita farmácia e, em protesto, comprei na farmácia em frente, a rival Big Ben. Se não houvesse a alternativa do Ópera, quem poderia me socorrer? Por que as farmácias, não fazem como os supermercados e disponibilizam banheiros públicos aos clientes? Por que a prefeitura permite a instalação de grandes farmácias na cidade e não fiscaliza a falta desse sertviço? Afinal, as farmácias não atendem um grande público? Por que a Prefeitura não instala banheiros públicos nesses pontos de grande concentração? Não adianta, a gente somente cobrar dos mijões.
Ainda mar que lhe pregunte Yúdice,
como controlar, o desejo incontrolável de mijar, de 50 mil foliões de Salvador, a bem tomar cerveja desde às sete da manhã?
O que você sugere quando a pessoa estiver super "apertada"?
Dizer "... omisso no nível mais vergonhoso de que já se teve notícia...", é afirmativa de quem desconhece o passado. Raivinha politica.
Quanta estultice!
Ora, parece que o tal de Duciomar tem amiguinhos por aqui. E, claro, a "estultice" é minha. Defendê-lo deve ser mesmo muito inteligente...
Postar um comentário