Do Congresso em Foco
As bancadas do PT na Câmara e no Senado querem que a reforma política seja pautada ainda este ano no Congresso. Uma reforma com poucos pontos, todos negociados entre os partidos, mas que garanta o financiamento público de campanhas eleitorais. As posições começaram a ser marcadas nesta segunda-feira (7) e devem ser consolidadas amanhã, em seminário do partido em Brasília, que começou hoje. A reforma tributária e o valor do salário mínimo também serão debatidos na continuidade da reunião, na terça-feira.
Segundo o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), é importante pautar este ano as mudanças no sistema político – última tentativa frustrada de fazer a reforma foi em 2007. “O sistema brasileiro tem uma representatividade enfraquecida e nós queremos fortalecê-lo”, disse ele, hoje. Os petistas querem o financiamento público de campanhas, maior presença feminina na política e mais os mecanismos de democracia direta, como os referendos, plebiscitos e projetos de iniciativa popular.
Mais cedo, Teixeira defendeu a internet para facilitar isso. “Para incentivar os projetos de iniciativa popular, defendemos um mecanismo que garanta que as assinaturas possam ser colhidas pela internet e não só a assinatura física, como é hoje”, afirmou o líder do PT, em comunicado do partido.
O ex-líder do governo na Câmara Henrique Fontana (RS) diz o PT deve negociar bastante uma reforma política com poucos pontos, mas que garanta o financiamento público. Fontana dá o exemplo da reforma tributária: “Se eu quiser alterar 20 coisas, a cada ponto que eu quero alterar eu arrumo 30, 40 deputados contra. Aí eles guerreiam porque querem impedir a reforma”.
Para o deputado dr. Rosinha (PT-PR), é impossível se fazer a reforma se não for este ano. Mas ele duvida da reforma política, que tem interesses diferentes entre empresários, parlamentares e o Executivo. “Você acha que, onde todo mundo quer, vai ter?”
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