Petista que disputou mandato nas eleições de outubro passado está com lágrimas nos olhos e no coração.
Lamenta profundamente não ter sido alvo dos grampos da Polícia Federal no caso das operações, digamos, pouco republicanas na Sema durante o governo Ana Júlia.
Gostaria imensamente que tivesse sido fisgado pelo grampo, para que fossem reveladas conversas curtas – mas elucidativas – que ele teve em duas oportunidades, uma delas por telefone, com Sua Senhoria o doutor Dionísio.
Dionísio, no caso, é Dionísio Gonçalves de Oliveira, mencionado em reportagem do jornalista Carlos Mendes como o digno representante, junto à Sema, dos interesses de Sua Senhoria Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, presidente do Águia Futebol Clube, de Marabá.
O blog ouviu, da boca do próprio petista, como foram seus dois contatos com Dionísio e qual foi o curto – mas elucidativo – teor dos dois diálogos.
O primeiro contato decorreu de conversa entre Dionísio e um assessor do petista.
O encontro, diz ele, foi ali na Almirante Wandenkolk, bem em frente ao “Quem São Eles”, no Umarizal.
Dionísio saía de um edifício comercial e deu de cara com o assessor.
- Diga ao [petista candidato] que eu gostaria muito de ajudá-lo nas eleições. E posso conseguir os recursos que ele quiser – disse Dionísio, esbanjando benemerência e solicitude, ao assessor do petista.
Ele, o assessor, saiu de lá e foi contar tudo para o chefe.
Quando soube das disposições benemerentes, o petista passou a mão no telefone, ligou para Dionísio e lhe disse mais ou menos assim:
- Eu soube agora que citaste o meu nome e que pretendes me ajudar na campanha. Olha, eu quero te dizer uma coisa: nunca mais faz isso. Nunca mais sequer menciona o meu nome. Porque eu nasci pobre, mas não achei meu nome no lixo. Não sou como tu, que vive te metendo em rolo. Porque tu és um safado, um ladrão.
Cai o pano.
Isso foi no início de julho do ano passado.
No final de julho, um sábado, no dia daquela festança toda que o PT fez no Hangar, para homologar a chapa Ana Júlia-Anivaldo Vale que concorreria ao governo do Estado, eis que o petista chega ao pedaço.
E dá de cara com quem?
Com Ferreirinha e Dionísio.
Ferreirinha cumprimentou o petista, que retribuiu.
E Dionísio se apresentou na parada, com Ferreirinha bem perto.
- Será que nós poderíamos conversar? – indagou Dionísio ao petista.
- Não. Tu estás proibido de me dirigir a palavra, porque tu és um ladrão, um safado.
Desse diálogo – curto e elucidativo como o anterior – há testemunhas, Ferreirinha inclusive.
O petista garante que, se fosse chamado à Polícia Federal, confirmaria tintim por tintim os dois diálogos.
Curtos, mais elucidativos.
4 comentários:
É... O Paulo Rocha fala mesmo...
É... O Paulo Rocha fala mesmo...
Mas por que o petista não denunciou o assessor à PF? Por que era ano eleitoral? Em nome da unidade do partido?
Diz aí.
PB, foi o petista ou a petista? Só conheço uma pessoa no PT que teria a coragem de tratar esse miliate assim, ela foi candidata a dep. estadual
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