O blog chamou atenção, ontem à tarde, para a curiosa dualidade de critérios na escolha de secretários do novo governo tucano que toma posse no próximo sábado, na Assembleia Legislativa.
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação.
De outro lado, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), escolhido para a Secretaria de Pesca e Aquicultura (Sepaq), muito embora seja réu em ação penal que já está praticamente com tramitação concluída perante o Supremo Tribunal Federal, eis que o parlamentar goza de foro privilegiado.
Deem uma olhada nas imagens acima.
Cliquem nelas para ampliá-las.
Mostram uma parte da tramitação do processo a que o deputado do PMDB responde no STF.
Observem que em maio ele apresentou as alegações finais.
Ou seja, o processo está no forno para ir a julgamento.
Pois é.
O governador eleito, Simão Jatene, anuncia hoje à tarde mais alguns nomes de sua equipe de governo.
Será uma boa oportunidade para os coleguinhas que forem à coletiva tirarem às dúvidas com Sua Excelência.
Poderão perguntar por que motivo um processado foi descartado in limine e outro não.
Há outro detalhe, todavia, dos mais relevantes envolvendo o coronel Hilberto Figueiredo e o deputado Asdrúbal Bentes.
É que o coronel, se vier a ser condenado, ainda tem possibilidade de recorrer a instâncias superiores e reverter a pena que eventualmente vier a ser-lhe foi imposta.
E o deputado Asdrúbal Bentes?
No caso dele, se vier a ser condenado, acabou-se o que era doce.
Como o Supremo é última instância, o deputado não teria mais para onde correr.
Só se for para o Supremo do Afeganistão, onde ninguém ousa botar os pés.
Ou para o Supremo Tribunal Federal de Pasárgada, destino adequado para quem é amigo do rei.
4 comentários:
Isso foi imposição do Jader ao Asdrubal Bentes. Desafio se ele teria a mesma autoridade para fazer isso com Elcione, Priante e Wlad? O que é pior: escolheu a Secretaria errada para dar ao Asdrubal.
Colocar o Luiz Otavio na Câmara Federal é uma forma de desagrava-lo das coisas ruins do passado de que foi vítima.
Jatene vai colher o desgaste politico dessa decisão, principalmente na região do Salgado, assim como Anna Julia que nomeou uma pessoa alheia ao setor. Nessa área o Estado é tão omisso que os pescadores nem tomaram conhecimento da criação da secrertaria de pesca.
Cada caso é um caso, caro anonimo das 10:02. O que faltou no governo da Ana Júlia foi GESTÃO!Isso de ser uma pessoa alheia ao setor, não significa que não saiba gestar. Outro fator prepoderante é a determinação do gestor maior, no caso Jatene, de querer privilegiar esse setor, do contrário, não há santo que faça milagre. Tomare que ele não crie um núcleo burro de governo para governar por ele, como o fez a EX-GOVERNADORA.
Sugiro aos dirigentes dos órgãos que assumirão no proximo dia 03/01, que suas primeiras ações sejam de conversar com os funcionários efetivos da casa que vão administrar.
A maioria dos ocupantes dos cargos comissionados se acha tão insubstitível que já está se movimentando no sentido de se autopromover como se fosssem as únicas pessoas capazes de tocar o barco.
Tudo propaganda enganosa.
Concordo plenamente com o anônimo das 11:16. Os cargos de Diretor, Coordenador e Gerente nos Órgãos estão ocupados em sua maioria por gente totalmente incompetente e mal intencionados, afundaram o governo no caos administrativo e é preciso limpar o governo dessa gente danosa para o Estado.
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