Mesmo que Almir faça campanha em favor da candidatura do peemedebista Domingos Juvenil, o PSDB fará de conta que não é com ele.
Mesmo que Almir convoque os seus “amigos” tucanos aí pelo interior e os estimule a votar numa candidatura que não é a do seu partido, o PSDB fará aquela cara de paisagem, tranquilis, tranquilis, como se não estivesse acontecendo nada e nada estivesse acontecendo.
Almir, fazendo o que todos sabem que vai fazer – eis que ele próprio disse que vai fazer mesmo, às claras e transparentemente -, estará cometendo, configuradamente, um ato de infidelidade partidária.
Almir, agindo como todos sabem que vai agir - eis que ele próprio disse que vai agir mesmo, às claras e transparentemente -, estará cometendo, configuradamente, um ato de traição a seu partido.
Almir, todos sabem – inclusive o PSDB -, ainda é do PSDB.
Ainda está filiado à legenda.
Disse que iria se desfiliar, mas até agora, nada.
Quando lhe perguntam sobre isso, como a repórter Rita Soares lhe perguntou na entrevista que fez com ele há uma semana, doutor Almir disse o seguinte: “Ficarei até o dia em que achar conveniente. A política tem a fala, os gestos e o tempo. Precisa saber usar esses três elementos”.
Hehehe.
Pois é.
Doutor Almir é tucano.
É do PSDB.
Pode até odiar metade do PSDB ou todo o PSDB, mas ainda é do PSDB.
Ficará no partido até o dia em que ele, e não o partido, achar conveniente.
Mas vai cometer um ato de infidelidade partidária – anunciada sem muita pompa, mas com circunstância - e tudo ficará por isso mesmo.
Até agora, o PSDB, pelas vozes – nominadas ou não – de suas lideranças, diz que não abrirá um processo interno para punir Almir porque isso daria, digamos, uma visibilidade à infidelidade, à traição que ele cometerá.
É?
Quer dizer então que o doutor Almir vai trabalhar dia e noite, noite e dia em favor de uma candidatura que não é a de seu partido, e tudo ficará por isso mesmo apenas para não lhe dar maior visibilidade.
É isso mesmo?
Quer dizer então que doutor vai fazer campanha e se empenhará por outra candidatura e o PSDB, cheio de dedos, cheio de conveniências, cheio de temores e pudores, vai deixar ele correr soltinho porque Almir, parece, ainda é um ícone, é uma referência histórica dentro do partido.
É isso mesmo?
Parece que é.
Então, pronto.
Se for, assim, lembrem-se os tucanos dos gladiadores romanos, quando ingressavam no Coliseu.
Erguiam suas espadas e proclamavam: Ave, Cesar. Os que vão morrer te saúdam!
Os tucanos bem que poderiam levantar suas urnas e bradar: Ave, doutor Almir. Os que vão ser traídos te saúdam!
Disse que iria se desfiliar, mas até agora, nada.
Quando lhe perguntam sobre isso, como a repórter Rita Soares lhe perguntou na entrevista que fez com ele há uma semana, doutor Almir disse o seguinte: “Ficarei até o dia em que achar conveniente. A política tem a fala, os gestos e o tempo. Precisa saber usar esses três elementos”.
Hehehe.
Pois é.
Doutor Almir é tucano.
É do PSDB.
Pode até odiar metade do PSDB ou todo o PSDB, mas ainda é do PSDB.
Ficará no partido até o dia em que ele, e não o partido, achar conveniente.
Mas vai cometer um ato de infidelidade partidária – anunciada sem muita pompa, mas com circunstância - e tudo ficará por isso mesmo.
Até agora, o PSDB, pelas vozes – nominadas ou não – de suas lideranças, diz que não abrirá um processo interno para punir Almir porque isso daria, digamos, uma visibilidade à infidelidade, à traição que ele cometerá.
É?
Quer dizer então que o doutor Almir vai trabalhar dia e noite, noite e dia em favor de uma candidatura que não é a de seu partido, e tudo ficará por isso mesmo apenas para não lhe dar maior visibilidade.
É isso mesmo?
Quer dizer então que doutor vai fazer campanha e se empenhará por outra candidatura e o PSDB, cheio de dedos, cheio de conveniências, cheio de temores e pudores, vai deixar ele correr soltinho porque Almir, parece, ainda é um ícone, é uma referência histórica dentro do partido.
É isso mesmo?
Parece que é.
Então, pronto.
Se for, assim, lembrem-se os tucanos dos gladiadores romanos, quando ingressavam no Coliseu.
Erguiam suas espadas e proclamavam: Ave, Cesar. Os que vão morrer te saúdam!
Os tucanos bem que poderiam levantar suas urnas e bradar: Ave, doutor Almir. Os que vão ser traídos te saúdam!
Ficaria, no mínimo, mais heróico.
Ficaria mais humanamente heróico, não é?
9 comentários:
Grande Paulo,
Pois é. Ao contrário do PMDB que tem comando, e exige fidelidade partidária - e isso não é ameaça aos filiados, não -, ninguém sabe quem lidera os tucanos. É o Flexa? É o Zenaldo? É o Jatene? É uma comissão provisória? É o Almir que desrespeita seus companheiros e o próprio PSDB? Afinal de contas quem manda nesse ninho? Tem que ter uma voz de comando, querido. Até na casa de luz vermelha, a Maria Machadão organiza suas meninas, não é mesmo?
Quero ver a cara de paisagem dos tucanos caso Almir decida entregar sua carta de desfiliação no próximo dia 30, na convenção do PSDB. Já pensou estragar a festa no arraiá tucano? E o pior: se eu bem conheço esse ninho vai ter tucano sem saber pra onde voar.
Com certeza Almir pensou nesta hipótese, afinal até agora o PSDB continua se fingindo de morto diante das provocações do ex-aliado.
Nesses tempos de vaias, aos montes, pras bandas daqui, que tal ensaiarmos uma vaiazinha para a traidinha do Almir. Aliás, vaiazinha não. Uma sonora vaia. Ele merece. Ou não?
E aí tucanada?
O tempora, o mores!
Jornalistas talentosos como você e a Rita Soares tendo que lidar com os caricatos personagens do circo mambembe em que se transformou a política paraense, onde a vergonha na cara tornou-se verdadeira res nullius.
Espero que, pelo menos, vocês façam isso somente por dever de ofício e não levem a sério as tristes figuras de um período que a história paraense registrará em nota de pé de página.
Lembrem-se, caros jornalistas, de figuras como o Barão de Itararé, Stanislaw Ponte Preta e da turma do Pasquim, que sempre deram à ralé política brasileira o único tratamento que merecia: castigat ridendo mores!
nâo existe mais PSDB no pará, nunca existe! sempre foi o dotor almir gabriel e sempre foi assim!
Boa tarde, caro Paulo:
pessoalmente, se eu não tivesse me desfiliado do PSDB em 1992, entraria com uma representação ou pelo menos uma consulta junto ao Conselho de Ética. Não posso fazê-lo, mas não duvido que quem possa, o faça.
Porém, entendo plenamente a posição da direção do partido: não é uma posição de "cara de paisagem". Parece mais uma última homenagem a quem foi Almir Gabriel. O que ele é hoje, sinceramente, talvez não mereça mesmo um repúdio.
Quanto a desfiliar-se, seria um ato digno que Almir Gabriel poderia "cometer". E,se o fizesse, receberia meu último aplauso. O que não faz diferença alguma para ele, mas faria para mim.
Abração.
O PSDB, obviamente, deve ter motivos para calar-se diante das acusações infundadas do "doutor" Almir aos seus companheiros e ao próprio partido. Até posso entender esse silêncio no ninho, o que não me impede de discordar frontalmente dessa postura.
O PSDB, obviamente, deve ter motivos para fazer desse silêncio uma última homenagem a Almir. Mas, também, não acredito nesta tese quase romântica.
O PSDB, obviamente, deve ter motivos para não importa-se com a traidinha do "doutor" Almir. Afinal ele não é um simples e humilde filiado ao PSDB. É o "doutor" Almir e, portanto, merece um tratamento diferenciado, pois não?
O PSDB, obviamente, deve ter motivos para manter o respeito ao "doutor" Almir por tudo que ele representou para a história política deste Estado. OK.
Agora, neste jogo ninguém joga sozinho, embora o "doutor" Almir ache que só ele é capaz de mexer as pedras do tabuleiro conforme suas conveniências, ou seus anseios de vingança.
O PSDB também está no jogo, ainda que seja na retranca, área muito perigosa. E não vai partir para o ataque.
Agora eu já tinha expulsado, sim, o "doutor" Almir de campo. Jogar é preciso, mas não passando a perna nos próprios companheiros de time.
Mas, obviamente, o PSDB deve ter motivos para não levantar o cartão vermelho para o "doutor" Almir.
As viuvas do ex-governador Almir Gabriel não param de chorar.
Até quando?
Nós que somos tucanos entendemos perfeitamente a decepção e a angústia da Euzinha.
Avaliação irretocável. Vamos em frente e contamos com a sua força Euzinha.
Pelos seus comentários, que tenho acompanhado, você tem garra suficiente para levar o nome do Dr. Jatene aos quatro cantos do Pará.
Caro Antônio Sérgio,
Obrigada pela compreensão. E desculpe se exagerei, às vezes, sou muito passional mesmo. Na verdade fico pra lá de ansiosa nestes tempos de eleição.
Campanha política é o meu vício. É o meu futebol. Não gosto de perder nenhum lance, acompanho, converso com o meu povo, faço e recebo críticas. E, portanto, tenho alegrias, tritezas e decepções. Mas sou apenas uma curiosa que realmente gosta de acompanhar todo o tititi da política.
Agora, Antônio Sérgio, confesso que assumi o compromisso comigo e com meus filhos de me afastar definitivamente dessa loucura que é uma campanha eleitoral. Juro que estou tentando, não sei se vou conseguir.
Estive nas convenções do PMDB, do PSDB e do PT. Veja só a minha recaída. Meus filhos zombam de mim e não acreditam que vou largar o vício.
Por força do meu trabalho, vou acompanhar de perto mais essa campanha no Pará. E como diria o superlativo Bemerguy, a parada vai ser duríssima.
O Dr. Jatene me parece bastante entusiasmado. Demonstrou força, vibração, alegria durante a convenção que referendou seu nome ao governo. Acho que ele tem muitas chances. Vamos trabalhar?
Mais uma vez grata pela compreensão.
Euzinha,
Sabia que você não resistiria a participar da campanha. Venha conosco. Você é firme, positiva, agrega, fala o que pensa e, repito, tem uma garra e tanto. Muito bom.
Gostaria de conhecê-la. Deixe seu contato lá no PSDB. Precisamos de pessoas com o seu perfil para operarmos a verdadeira mudança.
Um grande abraço.
Postar um comentário