segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Convenção no PSDB? Nem pensar.

O PSDB e seus nós.
O PSDB e suas brigas.
Os tucanos e suas bicadas uns contra os outros.
O nó, a briga, as bicadas agora são entre o senador Flexa Ribeiro e o deputado federal Zenaldo Coutinho.
Zenaldo quer porque quer para já a presidência do partido, fazendo Flexa renunciar.
Renunciar?
Sim, renunciar.
Pois a Executiva Nacional do Partido prorrogou por um ano os mandatos dos presidentes regionais onde havia indefinição do candidato da legenda.
Mas, e o acordo que Flexa iria transferir para Zenaldo a presidência do partido?
Quebrou? Foi para o ralo?
Segundo Flexa, não: o acordo, costurado inclusive por Simão Jatene, em 2007 e na ressaca após a derrota eleitoral de 2006, é de que Flexa seguraria o partido até este ano e não concorreria à recondução ao cargo.
Deixaria, então, o caminho livre para Zenaldo.
Basta marcar a data para convenção do partido.
Assunto que já foi discutido, inclusive, na presença dos dois interessados, com o presidente nacional do PSDB.
Mas, afinal, se Flexa está presidente, a Executiva Nacional prorrogou os mandatos e o próprio senador assume que deixa o mandato na convenção, não concorrendo, por que afinal de contas Zenaldo está assim, digamos, tão agoniado?
Existem, de fato, mais mistérios entre uma declaração e uma nota na Imprensa do que supõe a vã filosofia tucana.
Zenaldo quer a presidência.
Mas foge da convenção como um Edison Lobão foge das explicações sobre um apagão.
É aí que Flexa e Zenaldo entram em rota de colisão.
Não que Flexa queira se manter no cargo. Mas quer ganhar tempo para manter uma unidade no partido.
Unidade?
Sim, porque Zenaldo, sabem todos, é favorável a que o PSDB lance o ex-governador Simão Jatene candidato ao governo do Estado em 2010.
Flexa é contra essa definição ditada a partir das decisões frias emanadas de gabinetes.
Quer que os acordos e a definição sejam feitos com calma, sem pressa, a la Serra, que disse ter nervos de aço para a política.
Quer uma definição que satisfaça tanto a Jatene como ao senador Mário Couto, o outro aspirante a disputar o governo em 2010 pelo PSDB..
Portanto, Zenaldo, assumindo sem a convenção, a disputa fica desequilibrada - e logo agora, conforme garantem tucanos próximos da cúpula, que a disputa Jatene x Mário está em vias de ser resolvida de vez.
Com Zenaldo forçando a barra para assumir, sem convenção, deixa claro no mínimo um medo.
Ou um certo receio...
Digamos que seja realizada uma convenção.
Flexa, cumpre o acordo e anuncia que não disputar recondução ao cargo.
Zenaldo então, sorri e anuncia seu nome. Chapa única, vitória certa.
Eis então que surge ele.
Ele que estava “exilado por vontade própria”.
Ele que está mais vivo que nunca.
Ele que apóia o outro lado da disputa Jatene x Mário.
Ele, o ex-governador e tucano-mor do PSDB, Almir Gabriel, aquele, se vocês se lembram, que fez acusações sobre corpo mole e coisas assim.
Vitória certa, Zenaldo?
Muito provavelmente não.
Por isso é que ainda não teremos convenção.
E por isso é que o PSDB continua com esse nó.
Um nó que precisa ser desatado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem mais um nó nesse emaranhado de nós do PSDB. Nesta terça Simão e Almir frente a frente. Ai,ai,ai

Anônimo disse...

Mesmo com o acordo, defendo que o Flexa não deva deixar a presidência do PSDB. Como as regras mudaram, ele deve cumprir até ao fim o direito que tem de permanecer no cargo. Depois, sim, não se candidata à reeleição, e cumpre o acordo com o Zenaldo.