quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vencer é obrigação de novo

No AMAZÔNIA:

O Remo encerrou seus preparativos para a sexta rodada do Campeonato Paraense prometendo manter os pés no chão contra o Ananindeua, hoje às 20h30, no Baenão. Jogadores e comissão técnica deixaram claro, após o treino tático da manhã de ontem, que de nada adiantará a reação heróica contra o Paysandu, no domingo, se tropeçarem nestes dois últimos jogos pela fase de classificação - domingo, pega o Castanhal, fora de casa.
Uma vitória deixa os azulinos na vice-liderança do primeiro turno, com 11 pontos ganhos. Por isso, a expectativa é para um bom público no Baenão. A empolgação da torcida é grande depois que a meninada do Leão mostrou força ao buscar um empate quase impossível, jogando com homem a menos e depois de tomar 2 a 0 ainda no primeiro tempo.
O meia Jaime, que estreou com a camisa azulina no Re x Pa de domingo, garante que manter a regularidade da equipe na competição é a meta do Remo nestes dois jogos que faltam. 'Se não vencermos o Ananindeua amanhã (hoje), o resultado no clássico não terá mais tanta importância. Precisamos destes seis pontos contra Ananindeua e Castanhal para dar um passo importante na conquista do primeiro turno', avisou o meio-campista. 'A torcida tem toda razão em ficar empolgada com o momento do time e espero que ela lote o Baenão. Mas nós, jogadores, temos que encarar este novo desafio com responsabilidade. Só mantendo a regularidade nas atuações vamos chegar onde queremos neste campeonato.'
Regularidade é também a palavra-chave de Jaime quando se refere ao seu desempenho individual. 'Acho que tive uma atuação regular na minha estreia. É claro que encontrei dificuldade com a forma física, mas como o Mangueirão tem um campo bom pude render bem mais do que esperava. Contra o Ananindeua, já estarei mais bem condicionado e melhor entrosado com o grupo', apostou.
O lateral-direito Levy, um dos destaques da equipe no clássico, mantém o discurso afinado com o companheiro e mostra que a campanha irregular do adversário desta noite só reforçam a tese de que todo cuidado é pouco. 'O Ananindeua perdeu para o Time Negra no final de semana, mas na rodada anterior arrancou um empate contra o Paysandu (1 a 1) lá dentro da Curuzu. Por isso, sabemos que vai ser um jogo duro, que precisamos ter inteligência. Não podemos nos empolgar com o bom momento, pois eles vêm com tudo para tentar nos surpreender', projetou.
Já o volante Beto, um dos mais experientes do grupo, fez questão de ressaltar o crescimento de um grupo que tinha a desconfiança de todos no início da temporada. 'Os jogadores que estão aqui foram escolhidos a dedo. São atletas de qualidade e que estão trabalhando duro para buscar o melhor para o Remo. Em pouco mais de um mês o resultado está aí.'
Para o técnico Flávio Campos, a consciência dos atletas quanto à necessidade de manter o pés no chão ajuda em muito o seu trabalho na preleção. 'Toda vez que a gente conversa, tem sempre um que vem com uma história para lembrar de situações parecidas com esta. Isso é muito bom porque mostra o espírito do grupo na competição', elogiou o treinador. 'Tenho certeza que o grupo vai encarar muito bem esta nova fase, em que volta a ser tratado como favorito. A responsabilidade não assusta ninguém aqui', garantiu.

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