sábado, 7 de fevereiro de 2009

Protesto com fogo por água nas torneiras

No AMAZÔNIA:

Moradores do bairro Parque Guajará, no distrito de Icoaraci, queimaram restos de lixo e móveis velhos, no início da manhã de ontem, em frente à caixa d’água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saaeb), na rodovia Augusto Montenegro, para protestar contra a interrupção no fornecimento de água há oito dias. A reivindicação, diferentemente da realizada na manhã de quinta-feira pelo mesmo motivo, foi pacífica e não prejudicou o tráfego de carros na rodovia. O trânsito só foi interrompido no momento em que os bombeiros precisaram apagar as chamas. Equipes da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e da Polícia Militam também estiveram no local para monitorar a manifestação. O Saaeb garantiu o fornecimento de água seria reestabelecido até às 18h de ontem.
Durante o protesto, uma comissão formada por moradores dos conjuntos Eduardo Angelim, Parque Amazônia, Fé em Deus e do residencial Castanheira se reuniu com dois representantes do Saaeb para cobrar soluções. Ernandes Campos, membro da comissão, explicou que o problema estava na bomba que retira água do solo e que fica a mais de 300 metros de profundidade. De acordo com o morador, o Saaeb garantiu que a bomba seria substituída por uma nova, já solicitada à Cosampa, e que estaria no local até às 14h. Por isso, muitos dos moradores que participavam da manifestação permaneceram no local. 'A água é um serviço essencial. Há exatos 30 dias aconteceu esse mesmo problema. Por isso, se água não voltar, faremos outro protesto', garantiu Ernandes aos outros moradores.
Por falta de água, os comerciantes e as escolas do bairro tiveram que fechar as portas. Moradores se desdobraram para passar a semana sem água. 'São quase oito dias sem água. Ontem, eles mandaram uma água laranja, mas durou pouco. Como vamos viver assim? Não dá para fazer comida, não dá para lavar roupa, não dá para nada. Eles falam que o povo não paga, mas como vamos pagar se eles nunca colocam um registro e nunca mandam a conta. Se eles não vão mais fornecer, que pelo menos avisassem a gente, que depende dessa água', Joana dos Santos, moradora do conjunto Fé em Deus.

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