No Blog do Castagna Maia, sob o título acima:
Creio que comentei, à época, aqui. Conversando com a Deputada Distrital Erika Kokay - a quem admiro profundamente - comentávamos sobre a situação da infância. Ela disse: “imagine um menino, negro, filho de mãe solteira. A mãe não tem acompanhamento durante a gravidez, o parto se dá em condições precárias. Depois, a criança não tem creche, talvez não tenha escola. E lá pelas tantas, já no final da infância, será presa. Será o primeiro momento da vida em que tem contato com o Estado: o momento da prisão”.
Impressionante a síntese: o primeiro contato com isso que chamamos de “Estado” se dará na figura do policial. Não foi um médico, não foi uma assistente social, não foi uma professora, um orientador de jovens, uma psicóloga. Foi alguém com algemas.
Aí entra, de novo, a questão do Bolsa Família. Há milhões de brasileiros que viram ali, no bolsa família, o Estado pela primeira vez. Custa 5% do que é gasto com juros da dívida interna.
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