segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Modelo econômico será denunciado

No AMAZÔNIA:

Construir uma nova ordem econômica, social e política, regulamentar o controle do mercado e reforçar a construção de um novo mundo com justiça, igualdade, solidariedade e denunciar na próxima conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que o neoliberalismo, enquanto modelo de desenvolvimento, fracassou e é o responsável pela atual crise financeira mundial. Estas foram algumas das decisões aprovadas pelos parlamentares da América Latina, Europa, Filipinas e da Palestina, reunidos no Centro de Convenções da Amazônia – Hangar, durante a realização da 6ª edição do Fórum Parlamentar Mundial (FPM), em Belém.
De acordo com deputado federal Zé Geraldo, a Rede Parlamentar Mundial (RPM), criada com o objetivo de articular em escala global as atividades parlamentares numa perspectiva de esquerda e progressista, também se empenhará em divulgar as decisões do Fórum e condena as iniciativas que restringem o direito de ir vir dos cidadãos entre os países, como aconteceu a lei de migrações, intitulada 'Diretiva de Retorno', recentemente aprovada na União Européia, que expulsa cidadãos que entram naquela comunidade.
Os dados da ONU de 2006 revelam que a maior imigração é registrada para a Espanha, Estados Unidos e Alemanha. 'As últimas estatísticas mostram que se movimentam no mundo cerca de 190,6 milhões de imigrantes, 35,8 milhões a mais que cinco anos atrás. Os países industrializados são os principais receptores, onde vivem 60% do total. Um em cada três imigrantes ganha a vida na Europa e um em cada cinco nos EUA', informa o parlamentar.
O 6º Fórum decidiu também desenvolver esforços internacionais para reduzir em até 30% nas emissões de gases poluente até 2020 e de pelo menos 70% a 90% em 2050 para limitar a 2 graus centígrados o aumento de temperatura da terra. 'O aquecimento global é um fato concreto. Reverter ou estabilizar o seu nível é uma tarefa urgente e exige uma ação articulada. Se ocorrer o aumento de 1 ou 2% da temperatura poderá elevar os níveis das águas dos oceanos e, por consequência, a água salgada afetará os rios de água doce, provocando a salinação do solo e maiores desastres na biodiversidade do planeta', reflete.
Segundo o parlamentar, as decisões do 6º Fórum indicam para o parlamento mundial a necessidade de tomar decisões firmes e articuladas internacionalmente. 'Estima-se que cerca de 1,5 bilhão de pessoas dependem diretamente dos solos que estão sendo degradados e que quando não encontram saídas ou políticas públicas acabam migrando de suas regiões ou países', analisa.
O Fórum decidiu avançar no sentido de organizar um programa de intervenção internacionalista, com vista a ser levado ao cabo por governos progressistas em todo o planeta.

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