No AMAZÔNIA:
O soldado PM Emanuel Borges da Silva foi assassinado com dois tiros, ontem à tarde, no bairro do Una. As primeiras informações indicam que os acusados furtaram um estabelecimento comercial das proximidades, e durante a fuga tentaram tomar a bicicleta que o PM estava. O soldado teria esboçado reação e foi atingido com dois disparos. Lotado na Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe), unidade da Polícia Militar responsável pela segurança colégios e do entorno, Emanuel morreu logo após ser baleado, na rodovia Transcoqueiro. É a segunda morte de policial militar, em Belém, este ano, durante assalto.
No homicídio anterior, bandidos mataram o cabo Cunha, lotado na Ronda Tática Metropolitana (Rotam). No desfecho das buscas aos matadores do cabo Cunha, militares da Rotam e da 7ª Zona de Policiamento mataram cinco jovens, com os quais, alegaram à época os policiais, trocaram tiros. Os resultados dos exames de pólvora combusta feitos nos mortos, conforme reportagem exclusiva publicada na edição do último domingo do jornal Amazônia, atestaram, porém, que as vítimas não estavam armadas e desmentem os PMs.
O crime de ontem ocorreu por volta das 17h30, horário em que chovia bastante. O delegado Francisco Sombra, da Seccional da Marambaia, compareceu ao local do assassinato. Ele contou que, em uma bicicleta, dois homens abordaram um entregador de gás de cozinha, que estava em uma motocicleta. No entanto, ainda conforme o policial civil, os bandidos conheciam o entregador, motivo pelo qual desistiram de assaltá-lo.
Em seguida, segundo informou a polícia, os acusados efetuaram um furto em um pequeno comércio na área. Em fuga, eles se depararam o soldado, que naquele momento, passava pelo local, na rodovia Transcoqueiro, próximo a uma arena de futebol. O policial estava à paisana e pedalava uma bicicleta. Eles apontaram a arma para a vítima e exigiram a bicicleta.
De acordo com o delegado Francisco Sombra, o soldado reagiu e foi baleado no peito. Mesmo ferido, ele ainda tentou investir contra os assaltantes, sendo baleado novamente. Mais um disparo no peito. O soldado, que havia ingressado recentemente na corporação, ainda segundo apurou o delegado Sombra, morreu na hora. Os assaltantes levaram a bicicleta dele, caracterizando o latrocínio.
Logo após o homicídio, policiais civis e militares, sobretudo os últimos, começaram as buscas aos matadores do soldado da Cipoe, que tinha um filho pequeno. O delegado Sombra solicitou o levantamento de local, feito por peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Após o trabalho, durante o qual os peritos procuram evidências que possam ajudar a identificar os criminosos, o corpo do PM foi removido para o Instituto Médico Legal, que integra o CPC Renato Chaves.
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